gastos sociais

Lula: Cultura significa emprego, milhões de oportunidade para gente que precisa comer

Lula pediu para que a população proponha a destinação de mais dinheiro à cultura, caso essa seja a vontade da sociedade

Agência Estado
postado em 11/05/2023 21:43
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a classificação de gastos sociais como "gasto", não como investimento. Em meio ao orçamento restrito do governo federal, o chefe do Executivo classificou como "ignorante" quem diz que dinheiro destinado à cultura é gasto.

"Os ignorantes deste País precisam aprender que cultura não é gasto, não é pornografia, coisa menor. A cultura é o jeito de a gente falar, comer, dançar, andar, cantar, pintar, fazer aquilo que a gente sabe fazer", disse, em evento de assinatura da Lei Paulo Gustavo, na noite desta quinta-feira, 11, em Salvador. "A cultura significa emprego, milhões de oportunidade para gente que precisa comer."

Após ter lançado, nesta tarde, as plenárias estaduais do PPA Participativo, Lula pediu para que a população proponha a destinação de mais dinheiro à cultura, caso essa seja a vontade da sociedade. Ele disse não ter certeza se a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que são as linhas para elaborar o Orçamento, será aprovada pelo Legislativo, "mas é a primeira vez que o Congresso vai resolver uma proposta do governo que não é só do governo".

Durante o evento, uma civil subiu ao palco, abraçou o presidente e deu a ele um papel, que ele assinou, sem especificar sobre o que se tratava. Ao falar com a mulher, Lula se emocionou e criticou as ações tomadas pelo seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Em apenas 4 anos, destruíram aquilo que nós dizemos. Gerou mulheres como essa, desesperada", disse.

O título da lei assinada hoje rende homenagem ao ator e humorista que faleceu em 2021, vítima de covid-19. O investimento direto é de R$ 3,8 bilhões que, segundo o Palácio do Planalto, é o maior da história do País destinado ao setor cultural. A lei prevê repasses a Estados, municípios e ao Distrito Federal para ações emergenciais do setor cultural, duramente atingido pelos efeitos econômicos da pandemia.

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