Steven Tyler, vocalista do Aerosmith, negou as acusações de que teria abusado sexualmente de uma mulher menor de idade nos Anos 1970. Ele foi formalmente indiciado pelo crime em fevereiro.
Segundo Julia Misley, antes conhecida como Julia Holcomb, o cantor teria praticado violência sexual contra ela e a forçado a fazer um aborto após uma gravidez indesejada. Na época, ela tinha 16 anos e ele 25.
A vítima, que hoje tem 65 anos, também acusa o cantor de drogá-la para conseguir obter a tutela legal da adolescente para viajar em turnê com o artista.
A ação é baseada no livro de memórias de Tyler, Does The Noise In My Head Bother You, em que ele próprio conta que "quase ficou noivo de uma adolescente". "Os pais dela se apaixonaram por mim e assinaram um papel de custódia para que eu não fosse preso. Eu a levei em turnê comigo", diz na obra.
De acordo com a revista Rolling Stone, a defesa do músico enviou um documento ao tribunal em que o processo corre em Los Angeles, Estados Unidos, com uma série de reivindicações.
Tyler alega que a relação sexual foi consentida e que tinha imunidade por ser o tutor legal de Julia na época.
Ele ainda afirma que a mulher "não sofreu nenhum ferimento ou dano como resultado de qualquer ação" que tenha praticado.
Em sua acusação, Julia havia alegado que relembrar a experiência no livro do cantor reviveu seus traumas e lhe deu "infâmia involuntária".
Em resposta à defesa de Tyler, o advogado de Julia, Jeff Anderson, emitiu uma declaração em que classificou a resposta do cantor como "gaslighting" - uma forma de abuso psicológico na qual informações são distorcidas para favorecer o abusador.
Para ele, o vocalista está "usando uma tutela legal falsa para evitar processos por crimes sexuais".