Maior feira de arte e design da América Latina, a SP-Arte celebra, na 19ª edição, a volta ao formato presencial. Até este domingo (2/4), o Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, recebe mais de 150 expositores, entre galerias de arte nacionais e internacionais, estúdios de design, editoras, instituições culturais e espaços independentes, com expositores de oito países e 20 cidades brasileiras, incluindo Brasília.
Nesta edição, a arte do Cerrado é muito bem representada nos corredores do evento. A galeria Referência, que faz sua 17ª participação na SP-Arte, é a responsável por ocupar o estande G001 da feira, no segundo piso do Pavilhão, com o trabalho de artistas visuais do Centro-Oeste. Dentre eles, Francisco Galeno é o grande destaque.
O artista nasceu em Parnaíba, Piauí, mas se mudou para Brasília nos anos 1960, acompanhado do pai, candango, e da mãe, rendeira. Apesar de, atualmente, passar grande parte do tempo no ateliê na cidade natal, foi em Brazlândia que trabalhou a maior parte da vida, pintando com óleo sobre madeira e papel e criando objetos em madeira e ferro.
Já no stand da MBac, Adriana Vignoli, nascida em Brasília e moradora da capital federal, apresenta o trabalho intitulado Planta Derivada. Como diz o título, a obra, composta por concreto, vidro, latão e terra vermelha, deriva de uma planta, onde se encontram várias espécies, como o antúrio e a espada-de-são-jorge.
Fora do quadradinho
Ademais dos artistas brasilienses expositores desta edição da SP-Arte, o público pode encontrar grandes clássicos da arte visual, como as bandeirinhas de Alfredo Volpi, os grafites da dupla de irmãos paulistanos Os Gêmeos, o políptico da série Festa de 500 anos fé da Noiva, do artista Maxwell Alexandre: sem título (2023), e a exposição Gibi, homenagem do artista plástico Vik Muniz ao cineasta Walt Disney. Pintada na parede de entrada do espaço está a frase que define a relação de Muniz com o diretor norte-americano: “Foi através do gibi que eu passei a entender o que era e o que não era arte”.
Já no design, a SP-Arte comemora um crescimento de quase 30% da área, em relação à edição passada. No total, são 44 expositores neste ano. Com curadoria de Adélia Borges, o MASP Loja traz ao evento trabalhos de criadores indígenas das tribos Apurinã, Kadiwéu, Ticuna e mais. No estande, são apresentados objetos como cestarias, cerâmicas, objetos de madeira e adornos de miçangas de vidro e sementes.
19ª edição da SP-Arte
Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. 1° de abril, das 12h às 20h, e 2 de abril, das 11h às 19h
R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada). Crianças de até 10 anos não pagam entrada.