Projeto

Rede audiovisual de mulheres indígenas une 32 etnias

Projeto visa, além de dar visibilidade às mulheres indígenas, incentivá-las na indústria audiovisual e conta com a participação de Sônia Guajajara no lançamento.

Maria Luiza Castro*
postado em 25/04/2023 17:02 / atualizado em 25/04/2023 17:57
 (crédito: Suely Maxakali)
(crédito: Suely Maxakali)

Neste Abril Indígena será lançado a Katahirine, a primeira rede de cineastas indígenas. A rede une 71 mulheres de 32 etnias, entre elas Graci Guarani e Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, diretora e co-diretora do projeto Falas da terra, da TV Globo, e Patrícia Ferreira Pará Yxapy, diretora de filmes. O lançamento será no sábado (29/4), às 19h, em uma live no canal do Instituto Catitu no Youtube, com a participação da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara

A iniciativa parte do Instituto Catitu, uma organização sem fins lucrativos que visa dar visibilidade às causas ambientais e indígenas. O objetivo da rede é fortalecer a luta dos povos indígenas por meio do cinema. Além disso, será aberta e composta por mulheres. Mari Corrêa é uma das coordenadoras do projeto e diretora do Instituto Catitu. Ela afirma que o projeto é um espaço para que as mulheres indígenas tenham espaço e as produções delas sejam visíveis. “Ter uma rede, ter uma articulação entre essas mulheres é uma forma não só de buscar e dar visibilidade ao que elas fazem em termos de proposta audiovisual, que é muito diversa, mas também de criar uma”, conta a coordenadora.

Mari também diz que a representatividade indígena é fundamental e que, atualmente, essa visibilidade veio pelas manifestações e mobilizações dos povos indígenas. Ela destaca, ainda, que é significativo que essa minoria tenha voz e produza uma imagem sobre ela mesma. “Então é bem importante para os povos indígenas ter também essa participação na mídia de uma forma um pouco menos infiltrada como ela é, como ela foi até hoje”, diz Mari.

Ela expõe algumas das maiores dificuldades, que foi encontrar todas as mulheres do projeto. “A gente mapeou 72 mulheres até agora no Brasil todo e mais as que a gente conseguiu recuperar, pegar os materiais e já catalogar para colocar no site. E nós estamos ainda na metade por essa questão, por falta, pela dificuldade de comunicação”, explica.

 

Serviço

Lançamento da rede audiovisual - Katahirine
Sábado(29/4) às 19h em uma live no Canal do Instituto Catitu https://www.youtube.com/@Institutocatitu
Classificação Indicativa: Livre

*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel

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