Lisboa — Convidado especial da entrega do Prêmio Camões ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Holanda, o escritor moçambicano Mia Couto disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um favor em se recusar a entregar a honraria ao brasileiro, pois, agora, está havendo uma dupla comemoração. A premiação de Chico foi definida em 2019, mas o governo brasileiro não assinou o documento que garantia a condecoração. “Temos uma festa em dobro. Esse é um prêmio para todos nós, um prêmio da língua portuguesa”, afirmou.
Couto lembrou que, quando começou a ouvir as canções de Chico, percebeu que havia uma dimensão da língua que era cantável e guardava a poesia profundamente lírica, profundamente íntima, que pode se revelar nas canções. “Isso foi muito importante. Nós, em Moçambique, vivíamos uma condição de uma condição da língua portuguesa que parecia fixada. E Chico nos ajudou muito”, acrescentou ele, sentado na segunda fila de convidados, em uma das salas do luxuoso Palácio de Queluz, no qual nasceu e morreu Dom Pedro I.
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