Quem acompanha a cena musical brasileira, sabe que o rap e o trap nacional vivem uma escala crescente quando se trata de números e alcance. Os gêneros, que antes eram vistos como ritmos direcionados a públicos de nichos, encontraram espaço na cena mainstream, configurando os primeiros lugares das paradas de rádio e aparecendo nos palcos dos principais festivais de música do Brasil. Resultado desse sucesso, o rapper L7nnon é, atualmente, um dos artistas mais escutados do país. Ele se apresenta, hoje, no Festival Meskla, no Bosque Arena BSB, a partir de 15h.
Apenas quatro anos após o lançamento do álbum de estreia Podium, L7, como é conhecido, coleciona mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify — metade do que acumulava no início de 2022. Dando seguimento à trajetória de sucesso, o carioca nascido em Realengo lança o EP Me Espera, que dá ênfase ao lado romântico do artista. No novo trabalho, L7nnon volta a priorizar o tipo de música que o fez conhecido nacionalmente, por meio das chamadas "love songs" (canções de amor, em tradução ao português). "Meu público sempre recebeu muito bem as love songs e senti que agora era um bom momento para presentear eles com esse projeto", conta o músico em entrevista ao Correio.
Acompanhadas por batidas mais lentas, as composições remetem a realidades que se assemelham às vividas pela ascensão de L7 à fama e a nova rotina do cantor. Em Tava aqui pensando em nós, por exemplo, o rapper canta: "Minha vida mudou, mas não esqueço da gente". Já em Facetime, o músico versa: "Rodando o mundo e pensando na gente". Como mostra o projeto, o carioca é facilmente inspirado pelo tema do amor. "Quem é que não gosta de amar, certo? Comigo não é diferente. E como eu canto o que eu vivo, naturalmente aparece nas minhas letras", explica.
Apesar de, por vezes, se tornar um desafio tratar de assuntos tão vulneráveis quanto o amor, L7 acredita que o processo é necessário. "Isso faz parte do trabalho de um compositor, ainda mais no rap. Então eu preciso me permitir ser vulnerável até para o público conseguir se conectar, mas não a ponto de me expor demais", pontua. "Eu sou um cara que sei falar de diversos assuntos, incluindo o amor. Eu estou sempre me esforçando para me tornar um artista melhor e explorar minha versatilidade. Quero que as pessoas vejam que eu posso ser o cara que dá o papo reto, rima no funk dançante e colabora com artistas de outros gêneros, mas também fala de amor de um jeito que é meu", complementa.
Hoje, L7nnon desembarca mais uma vez em Brasília. O rapper é uma das principais atrações da 1ª edição do festival Meskla, que traz à cidade os principais nomes do rap e do trap nacional. O carioca garante que a recepção dos fãs em shows ao redor do Brasil tem sido "a melhor possível", e, na capital, não deve ser diferente. "Meu público é sem palavras. Graças a Deus, em todo lugar que eu vou a casa está cheia e eu sou recebido sempre da melhor forma. Meu show tem sempre um momento para falar de amor e agora vai ter um espacinho a mais que eu tenho certeza que a galera vai curtir", finaliza. No evento, L7 divide a line-up com nomes como Matuê, Xamã e Patinho, que assina a produção de duas faixas do EP Me espera.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.