Espanha

Atriz Ana Obregón diz que bebê de barriga de aluguel é sua neta

A menina, Ana Sandra Lequio Obregón, é filha do filho de Obregón, que morreu vítima de câncer em 2020

Agência France-Presse
postado em 05/04/2023 16:03
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A atriz espanhola Ana Obregón, que protagoniza uma polêmica por ter revelado um bebê nascido de barriga de aluguel aos 68 anos, garantiu que a menina é na verdade sua neta, segundo uma entrevista publicada nesta quarta-feira (5) pela revista ¡Hola!

A menina, Ana Sandra Lequio Obregón, é filha do filho de Obregón, que morreu vítima de câncer em 2020, disse a atriz e apresentadora de televisão à revista ¡Hola!, que a entrevistou em Miami, nos Estados Unidos, onde a menina nasceu em 20 de março.

"Esta foi a última vontade de Aless, trazer um filho ao mundo", contou Obregón, aludindo ao nome de seu filho, que, antes de passar por um tratamento contra o câncer, congelou esperma, que foi armazenado em Nova York.

De qualquer forma, a menina "é legalmente filha adotiva de Ana" Obregón, informou a ¡Hola!

A foto da conhecida apresentadora saindo de um hospital em Miami em uma cadeira de rodas com a menininha nos braços na capa da ¡Hola! de quarta-feira passada e com o título "Ana Obregón, mãe de uma menina nascida por barriga de aluguel" gerou muita polêmica na Espanha, onde essa prática é proibida.

A prática "é legalmente reconhecida em nosso país como uma forma de violência contra as mulheres", disse a ministra da Igualdade do governo de esquerda, Irene Montero, que lembrou "a realidade dessas mulheres em situação de risco de pobreza" que carregam bebês de outras pessoas.

A oposição de direita mostrou-se aberta ao debate sobre o assunto, já que "afeta muitas questões morais, éticas e religiosas", segundo Cuca Gamarra, número dois do Partido Popular (PP).

A barriga de aluguel, paga ou altruísta, é ilegal na Espanha desde 2006.

A legislação espanhola autoriza, no entanto, a inscrição no registro civil de filhos nascidos por barriga de aluguel no exterior, desde que seja apresentada "uma resolução judicial emitida por um tribunal competente" do país em questão que estabeleça a filiação.

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