Uma escola de Waukesha, no estado norte-americano de Wisconsin, proibiu que uma turma de primeira série fizesse uma apresentação com a música Rainbowland (terra do arco-íris) de Miley Cyrus e Dolly Parton, em um evento sobre a primavera.
A professora Melissa Tempel, que organizava o evento com a turma, usou as redes sociais para desabafar sobre a proibição.
"Meus alunos da primeira série estavam muito animados para cantar Rainbowland em nosso concerto de primavera, mas foi vetado por nossa administração. Quando isso vai acabar?", escreveu a professora no Twitter.
O distrito escolar de Waukesha impôs, no ano passado, uma nova política obrigando a retirada de cartazes e bandeiras do orgulho LGBTQIA+ das escolas, por considerá-los conteúdos polêmicos na área da educação.
Por conta disso, Melissa comunicou à direção do colégio sobre a escolha da música lançada em 2017 por Miley Cyrus e Dolly Parton. A canção fala sobre fazer a diferença por meio da aceitação da diversidade, assunto esse que a professora trabalhava com os alunos.
Com a negativa da escola e repercussão do caso, o superintendente do distrito escolar de Waukesha, James Sebert, justificou, ao jornal The Washington Post, que a decisão foi tomada porque a canção poderia ser um ponto de intensa discussão pública e desaprovação de alguns familiares.
Melissa explicou, no entanto, que a ideia de interpretar a música era a de descrever a utopia de um mundo no qual todos são livres para ser exatamente o que são.
"Não havia nenhum motivo para pensarmos que a canção não seria permitida", afirmou. "Quero dizer, é uma música da Dolly Parton! E amamos Dolly", completou.
Alguns pais da turma de 24 alunos ficaram do lado da professora, afirmando que a canção representa esperança, não uma agenda política. As crianças também apresentariam outras canções, como Es Un Mundo Pequeño (versão em espanhol de It’s a Small World) e Here Comes the Sun, dos Beatles.