Nesta sexta-feira (17/3), a cantora Hellen lança a música Pro meu bloco existir, parceria com o Bloco Divinas Tetas, um dos maiores blocos de carnaval de Brasília. “Eu compus a música durante a pandemia, em 2020. Ela foi inspirada na música Pra vida inteira da Ivete Sangalo e do Silva, que eu estava viciada. É um pouco fora da minha zona de conforto, mas eu estava com a escrita bem, livre e me permiti a escrever algo diferente de tudo que eu tinha composto e fiz esse axé”, comentou à cantora ao Correio.
A música foi produzida por Aloizio Lows, um dos músicos do bloco, que foi o responsável por apresentar para os outros integrantes. “Quando eu terminei de compor, eu percebi que seria um sonho gravar com o Bloco Divinas tetas, meu bloco de carnaval preferido, então eu fui atrás e agora o meu coração está ansioso com o sonho sendo realizado”, confessa Hellen. “A música era uma novidade para mim, mas também foi novidade para o bloco, composto por 14 pessoas, porque eles nunca tinham gravado com outros artistas”, explica.
Além de compor e cantar a música, Hellen também dirigiu o clipe do lançamento. “Eu sou perfeccionista, gosto de liderar tudo que eu posso dentro do projeto, principalmente na hora de construir a narrativa visual e sonora. Eu escrevi o roteiro, dirigi e fiz a edição do clipe porque, como artista mulher, acho importante a gente estar na frente de tudo que queremos, para colocarmos no mundo do jeito que a gente quer”, explica.
Hellen, nascida em Brasília, começou sua carreira em 2017, quando utilizava Raquel Reis como nome artístico. “Um marco na minha carreira como Raquel Reis foi tocar no Festival CoMA. Foi um show muito especial, o Clube do Choro estava cheio, as pessoas estavam conectadas e foi como uma celebração de tudo que eu havia construído com aquele nome”, lembra. “Como Raquel Reis foi uma construção muito ingênua, com 18 anos eu não tinha visão de mercado musical e fiz tudo muito organicamente. Foi bom ver que toquei em um festival mesmo começando a carreira de forma ingênua. Agora eu me vejo com mais consciência dos passos, mas estou buscando equilibrar a consciência com a ingenuidade, que me levou para lugares lindos, para chegar onde eu quero”, admite.
Essa é a primeira música após a mudança de nome artístico e além do axé, a cantora irá explorar o indie e o R&B para os próximos lançamentos. “Nesse recomeço, eu estou explorando subgêneros do pop para me expressar artisticamente. Me sinto mais livre como Hellen, como Raquel Reis eu estava presa a um nicho que eu mesma me coloquei”, afirma. “Estou animada do primeiro lançamento ser uma música feliz porque eu só cantei música triste, mas agora eu estou feliz e as músicas novas refletem isso”, diz.
Hellen é muito romântica e as suas músicas são sempre de amor, mas para as próximas ela preparou algo especial: “A ideia é que as próximas músicas sigam uma narrativa, cada uma representará um encontro. Na primeira, o público vai me reconhecer de novo, será uma música de conquista, o primeiro date. A segunda é a fase de apresentar para os amigos em uma festa e a terceira é para a fase da paixão, de quando já está entregue. Elas são inspiradas em histórias de amor que eu vivi e cada uma passa uma energia diferente”.
A trajetória dela começou de forma muito natural. Mesmo não tendo músicos na família, ela cresceu ouvindo músicas e seus pais a incentivaram a seguir sua paixão. Com 16 anos a cantora já cantava e compunha. “Eu me conectei com o canto porque queria cantar as músicas que compunha. É uma coisa que vem de dentro, é muito fluido, como se fosse para ser. Quando eu estou no palco penso que eu nasci para fazer isso”, afirma.
A cantora vai preparar uma playlist com músicas que norteiam as variedades do pop que ela vai explorar, mas deu um spoiler:
Mó Paz - IZA
Go Away - Omar Apollo
Eu te amo demais - Paulo Novaes
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel.
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