Os atores brasilienses André Torquato e Wallace Mendes estarão em cartaz em São Paulo na peça A herança, produzida e estrelada por Bruno Fagundes. O espetáculo ainda tem no elenco, entre outros, Reynaldo Gianechini, Rafael Primot e Felipe Hintz.
A herança é a adaptação do clássico da broadway The inheritance, de Matthew Lopez. A versão brasileira, dirigida por Zé Henrique de Paula, será encenada em duas partes, apresentadas em duas sessões em dias diferentes. Na trama, várias gerações de homens gays se unem para compreender o que a comunidade LGBTQIAP+ representa para eles e para o mundo.
André Torquato interpreta dois personagens opostos na peça: Adam, um jovem de classe alta de Nova York, e Léo, garoto de programa nascido pobre. "Adam é um aspirante a ator que busca caminhos para lançar sua carreira. Rico, simpático, culto e determinado, ele usa dessas características para conseguir o que quer. Em contraponto, Léo é um garoto de programa vítima de um sistema que o oprime de todos os lados. Mesmo vindo de realidades completamente distintas, ambos buscam entender o seu lugar no mundo", define o ator, em material de divulgação.
"Acredito que uma das maiores mensagens que a peça traz é que nós, como seres humanos vivos no presente, somos responsáveis pela relação entre o nosso passado e consequentemente o futuro. A partir da perspectiva dessa comunidade, a peça expõe a herança que a nossa geração carrega, das perdas e vitórias do passado, e como isso afeta a maneira que nos relacionamentos hoje em dia, com nós mesmos e com o mundo", completa André.
Já Wallace Mendes vive nos palcos o advogado Jason, casado com o xará Jason, interpretado por Felipe Hintz. "Sim! Eles têm o mesmo nome (risos). Ele é amigo do Erick (Bruno Fagundes). Eles são intelectualizados e adoram discutir sobre suas vidas como gays os avanços da comunidade, e a herança disso. Eles escrevem e vivem a própria história enquanto jovens", explica.
Wallace ressalta que as expectativas para a estreia de A herança são "as melhores". "É uma experiência pra quem assiste, pra quem vive, a gente acaba escrevendo junto, e vivendo junto. A peça busca trazer o público para vivenciar a história, num imaginário, levando a discutir assuntos muito relevantes para a comunidade", afirma Wallace.
Assim como André, Wallace tem outro personagem: um porteiro. "O porteiro é um personagem que entra na segunda parte da peça, numa quase intervenção. Infelizmente não posso dar muitos detalhes sobre ele, mas digo que vale a ida pra ver o que acontece nesse ponto da história", diz, deixando o mistério no ar.