O ano de 2023 na televisão tem nome e sobrenome até o momento: Pedro Pascal. O ator, durante a próxima semana, estará nas duas mais importantes séries do início deste ano. Ele acaba de estrear The Mandalorian na Disney+, enquanto faz um sucesso impressionante com The last of us na HBO Max. Um atestado da qualidade de um ator que vinha de papéis de destaque, mas que só conquistou a posição de protagonista muito recentemente.
Jose Pedro Balmaceda Pascal, nascido em Santiago no Chile, se mudou muito novo para os Estados Unidos após um período em que esteve exilado do Chile com a família na Dinamarca por conta da ditadura de Pinochet. Nascido em 2 de abril de 1975, buscou a carreira artística desde novo. O primeiro papel com visibilidade veio em 1999, aos 24 anos. Contudo a caminhada para chegar ao lugar que ocupa atualmente, como um dos ícones da televisão e do streaming da atualidade, veio apenas em 2001 no seriado Nova York contra o crime.
A caminhada do ator foi longa. Na busca por estar sempre trabalhando, ele chegou a viver dois personagens diferentes em participações distintas de episódios avulsos de Law and order. Participou, ainda, rapidamente, de produções de sucesso como Buffy, a caça vampiros, O mentalista e The good wife. "Nós entramos nas portas que abrem", afirma o ator em entrevista ao Correio na CCXP de 2022 para o lançamento de The last of us.
Foi com Oberyn Martell em Game of thrones, que ele chamou atenção de um público maior pela primeira vez. O personagem de um sexy guerreiro da região de Dorne, importante para um dos momentos mais tensos da quarta temporada da série, lançada em 2014, A luta entre Oberyn e Montanha até hoje é colocada entre os momentos mais marcantes desse que é um dos melhores seriados de todos os tempos para o público e crítica.
No ano seguinte foi a vez de ganhar um personagem com maior tempo de tela. Pascal interpretou Javier Peña, um policial colombiano que age na guerra às drogas no país, principalmente na caça ao rei do tráfico Pablo Escobar, personagem vivido por Wagner Moura. O ator começa como coadjuvante na história protagonizada principalmente por Moura e Boyd Holbrook, que fazia o policial norte-americano Steve Murphy. Entretanto, na terceira temporada, ele é alçado à posição de protagonista e segura muito bem o papel.
A consolidação chega em The Mandalorian, onde ele vive o protagonista. A terceira temporada da séries estreou na última quarta-feira na Disney+ e a tendência é de que se torne uma das maiores produções da franquia Star wars se continuar na crescente que apresentou nos dois primeiros anos que foi ao ar.
O estrelato chegou um pouco antes da estreia desta semana. Em janeiro, Pedro deu início à caminhada em The last of us, série baseada em um dos jogos de maior sucesso na história recente dos vídeogames. A produção chegou ao penúltimo episódio neste domingo e o ator consegue o raro feito de estrelar ao mesmo tempo duas das maiores séries que estão no ar ao mesmo tempo. O caminho foi longo, mas chegou a vez de Pedro Pascal ser o herói, apesar de ele mesmo questionar o termo. "Todos têm uma noção diferente do que é um herói e do que é o heroísmo. Não sei se Joel é um herói pelo que ele faz, mas com certeza fez coisas heroicas", explica.
O 2023 de Pascal não vai acabar tão cedo, visto que ele estreia ainda uma produção especial. Ao lado de Ethan Hawke, ele estrelou o curta Strange way of life, de Pedro Almodóvar. "Foi incrível sair disso tudo e ir para o mundo do Pedro Almodóvar, que tem tanto em comum comigo e com como eu cresci na atuação. Pude ser mais um aprendiz só de estar perto dele", conta. "Nem precisei ler um script para aceitar e ser parte dessa experiência. É uma dessas coisas que você risca da lista de sonhos. Trabalhei com o meu ídolo", completa o artista.
Pai da internet
Solteiro e sem filhos, Pedro Pascal faz dois personagens que carregam crianças nas próprias jornadas. Ellie, em The last of us, e Grogu, em The Mandalorian, são os "filhos" do ator na ficção. O ator sentiu as responsabilidades de pai fictício. "Sem nem conhecer a Bella a fundo, eu já sentia uma empatia e uma conexão com ela, uma coisa meio paterna mesmo. Cuidava dela enquanto ela era uma âncora para mim, porque entramos e estávamos completamente imersos naquilo juntos", lembra.
Na vida real, quem assumiu essa vacância foram os fãs na internet. Em diversas entrevistas e falas públicas, Pedro aceita o papel de "Daddy", em tradução literal papai, mas dependendo do contexto pode ser utilizado para homens entre 40 e 50 anos que fazem sucesso por ter um apelo sexual muito forte para o público.
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