O mundo da música rende grandes histórias para contar para a posteridade. Pensando que uma das coisas que mais interessam ao ser humano é lembrar do passado. Reviver as memórias é uma ação recorrente como uma tentativa de voltar a acessar os sentimentos dos momentos que foram vividos, mas já passaram há tempos. O audiovisual tem o poder quase que único de recriar essas lembranças de forma a fazer mais do que apenas recordar, tocar mais fundo nas emoções. Portanto, as histórias de grandes bandas são um prato cheio para fazer o público sentir essa nostalgia.
Na atualidade, uma série está chamando atenção por trazer essa nostalgia de gerações passadas da música. Daisy Jones & The Six apresenta a história da banda fictícia que mudou o mundo da música. Em um formato de documentário interseccionado por lembranças do passado da banda, a série conta a trajetória dos integrantes Daisy Jones, Billy Dunne, Karen Sirko, Eddie Roundtree, Graham Dunne e Warren Rhodes, interpretados, respectivamente, por Riley Keough, Sam Claflin, Suki Waterhouse, Josh Whitehouse, Will Harrison e Sebastian Chacon. A série vai do início estabanado da banda até a atualidade do grupo, passando pela derrocada que fez os então jovens se separarem.
A série transcorre em um dos períodos dourados do rock internacional, os anos 1970. Em uma época entre duas guerras, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã, em que a cultura hippie estava em alta após o estouro da geração beatnik. A música havia passado pela psicodelia de Janis Joplin e Jimi Hendrix e chegara a uma era de bandas como The Byrds e The Doors, posteriormente The Beach Boys entraram na cena. Isso só pensando nos Estados Unidos, descontado o estouro dos Beatles na Inglaterra.
A produção é baseada em um livro homônimo de Taylor Jenkins Reid, que chegou ao topo das listas de best-sellers e chamou muito a atenção dos leitores por se assemelhar com tantas outras histórias que vieram a público sobre bandas famosas. A própria escritora confirmou uma teoria com o artigo Como Fleetwood Mac influenciou Daisy Jones & The Six. Ela conta que o documentário The dance, sobre a banda real, a fez se inspirar para pensar nos personagens, principalmente o vídeo de Stevie Nicks cantando a faixa Landslide. Por isso as bandas da realidade e ficção têm semelhanças, inclusive na formação, ambas quintetos com três homens e duas mulheres.
Porém, a nostalgia com a música vai muito além de Daisy Jones & The Six no audiovisual. Por isso o Correio indica algumas outras produções que remetem a tempos áureos da música, para manter o clima.
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Para matar a saudade
Echo in the Canyon
O documentário de 2018 segue a mesma linha de mostrar a cena musical dos anos 1960 relembrando o momento em que o estado da Califórnia dos Estados Unidos era o maior celeiro da música norte-americana, principalmente na região de Laurel Canyon, em Los Angeles. É o momento em que folk dá lugar para as guitarras. Nomes como The Byrds, the Beach Boys, Buffalo Springfield, and the Mamas and the Papas começavam ali para pavimentar o caminho que, como o nome do filme diz, ecoaria por toda história da música. Nomes como Brian Wilson (The Beach Boys), Michelle Phillips (The Mamas & the Papas), Stephen Stills (Buffalo Springfield), David Crosby (The Byrds), Roger McGuinn (The Byrds), Ringo Starr, Eric Clapton, Graham Nash, Tom Petty, Beck, Fiona Apple, Cat Power, Regina Spektor e Norah Jones estão entre os entrevistados. A produção está no catálogo da Netflix
High Fidelity
Tanto o filme quanto a série baseadas no livro homônimo de Nick Hornby são ótimas opções para quem tem saudade da época dos discos de vinil. Porém, a série é mais atualizada e conversa mais com os tempos atuais. Vale assistir a história de Rob (Zöe Kravitz), uma dona de uma loja de discos que na tentativa de esquecer um grande amor revisita relacionamentos passados por meio das músicas. A série, infelizmente, foi cancelada na primeira temporada, mas entrega uma excelente história e grandes indicações musicais neste trajeto. A produção é da Hulu, no Brasil está disponível na Star .
Straight Outta Compton
Como não só de rock vive a música, vale relembrar de um dos maiores grupos da história do hip-hop. O longa é uma cinebiografia do N.W.A, conjunto que revelou para o mundo três dos maiores nomes da história do rap: Dr. Dre, Ice Cube e Eazy E. O filme vai da juventude dos artistas até o fim do grupo que é conhecido até a atualidade por serem pioneiros do gangsta rap, estilo musical que dá palco para histórias sobre o crime e o estilo de vida gangster dos artistas. O filme chegou a concorrer ao Oscar de Melhor roteiro adaptado.
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