Música

Lenda do crossover encerra turnê nesta terça, em Brasília

Pioneiros mundiais no estilo, os texanos do D.R.I celebram 40 anos de estrada com uma turnê sul-americana que se encerra nesta terça-feira (14/3), em Brasília

Franco C. Dantas*
postado em 14/03/2023 00:01 / atualizado em 14/03/2023 11:00
 (crédito: D.R.I./Acervo pessoal)
(crédito: D.R.I./Acervo pessoal)

Nascido nos Estados Unidos, mas enraizado no Brasil, o crossover é um estilo musical fruto do cruzamento entre o hardcore e o, à época incipiente, thrash metal. O subgênero combina a agressividade lírica e musical dos punks com os riffs e solos de guitarra mais trabalhados dos metaleiros. Os texanos do D.R.I., abreviação de Dirty Rotten Imbeciles, foram pioneiros mundiais no estilo e celebram 40 anos de estrada com uma turnê sul-americana que se encerra nesta terça-feira (14/3), em Brasília.

No repertório, clássicos como Thrashard, I'd rather be sleeping e Beneath the wheel levam os fãs à loucura em meio a ombradas e empurrões nas rodinhas punk.

"O público do Brasil é insano, muito selvagem", destaca o vocalista e fundador Kurt Brecht. Na capital, os fãs do estilo são particularmente aficionados, graças ao sucesso de bandas como DFC, Violator e Macakongs 2099, essa última sendo a escolhida para dividir o palco com os estadunidenses, junto às meninas do Eskröta.

O cruzamento das tribos do punk e do metal, antes fortemente segregadas, tornou-se uma consequência inevitável daquele som eclético desenvolvido nos anos 1980. "O D.R.I. é uma das poucas bandas que consegue ser atração em um festival de hardcore e no mesmo ano tocar em um de death metal ou de grindcore", aponta Kurt.

Da geração de bandas de onde surgiram, eles são uma das poucas que ainda se comprometem com uma intensa rotina de turnês e shows por todo o mundo. "Nós sempre fomos uma banda ao vivo, não uma banda de estúdio. Por isso viramos essa máquina de turnês", explica Kurt. "Quando os fãs pedem: 'por favor venham ao Japão', ou 'venham ao Brasil', sempre dizemos: 'Claro!"

Apesar do sucesso global e do respeito por todas as tribos, o D.R.I. não esteve imune aos empecilhos causados pela pandemia. "Foi duro, eu tive que vender muito da minha coleção de artigos da banda", conta Kurt. "Os outros caras fizeram o que podiam, trabalhando e tudo mais." Por causa dos apertos financeiros, gravar um novo disco, o que aconteceu pela última vez em 1995, não está entre as prioridades do grupo. "Nós faríamos… se alguém nos desse um monte de dinheiro para pararmos com os shows por um tempinho", alega Kurt.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco


D.R.I.: 40th anniversary tour

Toinha Brasil Show (SOF Sul Quadra 9). Hoje, a partir das 19h. Entrada a partir de R$ 130, disponível em: www.clubedoingresso.com.br. Não recomendado para menores de 18 anos.

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