Premiação

Oscar: indicados vão receber estátuas Ianomâmi como alerta para a extração de ouro

Alguns indicados ao Oscar receberão uma estatueta em formato de uma divindade Ianomâmi que não usa o metal precioso em sua composição

Correio Braziliense
postado em 12/03/2023 13:10
 (crédito: Reprodução/Youtube The Cost Of Gold)
(crédito: Reprodução/Youtube The Cost Of Gold)

A cerimônia do Oscar, que ocorre neste domingo (12/3), premiará os melhores do cinema em uma noite que pode ter grandes surpresas. No entanto, uma novidade da edição de 2023 promete conscientizar e alertar sobre a extração ilegal de outro nas terras indígenas brasileiras.

Vinte indicados nas principais categorias receberam uma estatueta em formato da divindade Omama que não usa o metal precioso em sua composição, como parte de uma ação da agência DM9 com povos Ianomâmi.

A ideia é alertar sobre a exploração ilegal de ouro em terras indígenas no norte do Brasil. Além disso, os 20 escolhidos vão receber nas redes sociais um filme com o líder da Urihi Associação Yanomami, Junior Hekurari Yanomami, falando em sua língua nativa sobre como o ouro assumiu o sentido de "morte e destruição" para os indígenas, para a floresta e para as criaturas da Amazônia.

Os recebedores do filme e da estatueta foram: Angela Bassett, Jamie Lee Curtis, Kerry Condon, Stephanie Hsu, Hong Chau, Brendan Gleeson, Judd Hirsch, Brian Tyree Henry, Barry Keoghan, Ke Huy Quan, Brendan Fraser, Colin Farrell, Austin Butler, Bill Nighy, Paul Mescal, Andrea Riseborough, Cate Blanchett, Michelle Willias, Ana de Armas e Michelle Yeoh.

O vídeo também convida o expectador a conhecer um site para "repensar o valor do seu ouro", além de ter uma calculadora que destaca o impacto social e natural de cada grama de ouro ilegal para a Floresta Amazônica e para o povo Ianomâmi. De acordo com as investigações da Polícia Federal, um esquema de contrabando com base em garimpos ilegais teria movimentado, desde 2020, 13 toneladas de ouro, num total de R$ 4 bilhões.

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