Nesta segunda-feira (13/3), começa o Primeiro Olhar - 9° Festival Internacional de Artes Cênicas para a Primeira Infância, que vai até 1° de abril. O evento é voltado para o público entre 0 e 6 anos e seus familiares. A programação é composta por grupos de artes cênicas de referência no Brasil. Entrada gratuita.
Ao Correio, Clarice Cardell, produtora executiva e curadora do festival, diz que ele consolida Brasília como a capital das artes cênicas para a primeira infância. “Continuaremos trazendo espetáculos de referência no Brasil e no mundo que estejam à altura do olhar sensível e profundo das crianças de zero a cinco anos de idade”, comenta.
O Festival busca propostas artísticas comprometidas com a experiência e a poesia. "Esse primeiro olhar, por mais efêmero que sejam os limites do teatro, pode fundar um encontro sempre transformador, seja para a criança ou para o adulto que a acompanha: o encontro com o extraordinário da arte”, explica Cardell.
O evento terá apresentações do Cia La Casa Incierta, com o espetáculo Canto do medo, da Eranos Círculo de Arte, de Itajaí (SC), com o espetáculo Caixa ninho, do Teatro da Escuta, com o espetáculo Tuná, da Cia Celeiro das Antas, com o espetáculo O concerto, e outros.
Clarice Cardell, além de produtora executiva e curadora, é atriz no Cia La Casa Incierta. O espetáculo Canto do medo trata dos medos na primeira infância e traz uma imersão na relação mãe e filho, com todo o imaginário do medo e de suas superações. “Uma das principais funções do teatro é a catarse. Ou seja, quando o público se encontra com o que o teatro lhe oferece como vivência e a partir dessa experiência se identifica e se confronta com suas questões pessoais. Os medos na primeira infância são um tema latente em todas as suas etapas, e a possibilidade de abordá-los com o distanciamento do lugar do espectador sempre poderá ser uma experiência renovadora para o público”, conta Clarice.
No espetáculo Caixa ninho, as crianças são convidadas a entrar num universo de 750 caixas de papelão. “Num cenário intimista, lúdico e modular, que é um espaço compartilhado de relação e construção. Neste mundo de caixas, crianças e adultos encontram um ninho e presenciam os primeiros voos de uma caixa passarinho”, detalha Sandra Coelho, atriz do grupo Eranos Círculo de Arte. Com esta brincadeira, as crianças exercitam suas capacidades imaginativas, organização, colaboração, simbolização e relação com o espaço.
Tuná significa água para algumas etnias indígenas, como os Apalaí, os Kaxuiana e os Macuxi. A apresentação propõe ao público uma experiência lúdica, sonora e sensível. “A peça ajuda a entrar em contato com os vínculos afetivos que existem entre mães e bebês, refletindo sobre como a experiência de troca entre adultos e crianças, ancestrais e descendentes, nos ajuda a crescer como pessoas”, conta Joana Abreu, atriz do grupo.
O Concerto traz à cena as aventuras do personagem Zambelê, que, durante brincadeiras com objetos do cotidiano, descobre novos universos de possibilidades. “Toda a ação cômica parte de uma referência, de um contexto, e a comicidade para bebês não é diferente. Os bebês riem das ações com as quais já têm alguma vivência. Ou a relação, a referência, é construída dentro do próprio espetáculo a partir da repetição”, explica José Regino de Oliveira, ator do Cia Celeiro das Antas.
PROGRAMAÇÃO ABERTA AO PÚBLICO
Canto do Medo
18 de março, às 16h, no Sesc Ceilândia
Caixa Ninho
25 de março, às 16h, no Sesc Ceilândia
O Concerto
1º de abril, às 16h, no Sesc Gama
PROGRAMAÇÃO PARA PÚBLICO ESCOLAR:
*Eventos gratuitos e exclusivos para o público de cada local
As canções de Makuru – Bebelume Criações
15 de março, às 15h e às 16h, no Sesc Ceilândia
Oficina Pausa – Psoas e Psoinhas
13 de março, às 14h30, no CEI Tia Nair (Brazlândia)
21 de março, às 14h, na Creche Tia Angelina (Varjão)
Oficina Mão na Música – Studio Sereia
27 de março, às 9h e às 13h, no Centro de Ensino de Deficientes Visuais 08 (612 Sul)
Tuná – Teatro da Escuta
30 de março, no Sesc Gama, às 9h, às 10h e às 14h30
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel
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