Para se apresentar no carnaval de Olinda, no sábado (18/2), a cantora Anitta usou um look feito por mulheres indígenas do povo Guajajara, da Aldeia Lagoa Quieta, no Maranhão. A vestimenta é inspirada na Cabocla Jurema, entidade cultuada na umbanda e no candomblé de caboclo, também conhecida como Rainha das Matas de Oxóssi.
A roupa, construída em dois meses e meio, é assinada por Ma'irTamakyxa, Cintia Guajajara, Marina Guajajara, Clara Lima, Ana Suelly Cabral e Iratu Elisa, de um povoado matriarcal com o artesanato como tradição. Segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a atitude da artista valoriza a cultura e fortalece a tradição secular.
"Visibilizando traços fortes que resiste em nosso Povo. A parceria é extremamente simbólica e marcará a história. Essa peça exclusiva foi criada com todo o respeito e consentimento de nosso povo, que não se sente apropriado nesta situação e sim fortalecido e reconhecido", escreveu a ministra no Instagram.
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"A peça foi feita aos moldes Guajajara, com padronagem especial da festa do mel utilizando Miçangas e Tiriricas. É moda, é arte, é cultura e é isso que a gente precisa, de pessoas que valorizem os diversos modos de vida e diversidade que é o nosso Brasil!", acrescentou Sonia.
Para a artesã Ma'irTamakyxa, que participou da confecção da peça, a atitude da Anitta foi "única", pois estimulou a cultura e empreendedorismo originário. "O Brasil é o país que por muito tempo tentou apagar e silenciar suas raízes indígenas. A massa popular ainda é muito formatada pelo colonialismo que tentou suprimir os povos e suas culturas", disse.
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