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Ana Paula Padrão defende Madonna: 'Sou fã com o rosto que ela quiser ter'

Em uma sequência de stories, Ana Paula Padrão defendeu que mulheres que criticaram Madonna pela aparência dela reforçam o comportamento machista da sociedade

A jornalista e apresentadora Ana Paula Padrão saiu em defesa da cantora Madonna em uma sequência de stories nas redes sociais. A Rainha do Pop foi criticada no fim de semana pela aparência do rosto dela na cerimônia de entrega no Grammy, no último domingo (5/2).

"Vamos combinar uma coisa? Vamos deixar a Madonna em paz, deixar ela fazer o que ela quiser na cara dela usando o dinheiro dela, as escolhas dela? Estou falando com todo mundo, mas especialmente com quem tem mais de 50 anos e é mulher", começa Ana Paula.

A apresentadora do MasterChef segue lembrando que há pouco tempo -- "ainda no século 20" -- mulheres com mais de 50 anos adotavam um perfil mais conservador, com cabelos curtos, roupas longas e fazendo sapatinho de tricô para os netos. Mas ela lembrou também que havia quem, como Madonna, não seguia essas regras sociais.

"Justamente por causa de mulheres que sempre fizeram aquilo que lhes deu na veneta, como a Madonna, e que disseram 'não' ao ritual dos 20 anos, dos 50 anos, é que hoje a gente pode fazer o que a gente quiser", defendeu. "O que me preocupa quando uma mulher que já passou dos 50 olha para a Madonna e diz 'você me decepcionou', 'eu não esperava tanto procedimento estético' porque isso significa uma escravidão a padrões, está alimentando uma outra escravidão. Quando a gente finalmente consegue a liberdade, a gente vai criar outra escravidão?", continua.

Ana Paula finaliza dizendo que a questão não é ter gostado ou não do rosto de Madonna, e, sim, a discussão sobre "o direito que ela e qualquer outra mulher tem de fazer o que ela estiver a fim de fazer. Esse é o grande barato do dia de hoje. E se você não gostou do rosto da Madonna, não faça! Eu acho que essa crítica à escolha de uma mulher pública beneficia o contexto machista que a gente vive. Eu sou fã da Madonna com o rosto que ela quiser ter, com a roupa que ela quiser usar, com a música que ela quiser cantar. Ela foi muito importante para nossas conquistas como mulheres, não se deixou se subjugar. Fico pensando se ela não está fazendo isso de propósito de novo".