Apesar de parecer clichê, após conhecer o amor, não existe ninguém que viva sem. Essa é a tônica da mais nova canção do cantor Bressan, Não vive sem, faixa que chega com participação especial de Fabio Brazza, nesta sexta-feira (3/2), em todas as plataformas musicais. O single faz parte de uma série de lançamentos do DVD A porta. Confira o clipe oficial abaixo.
Clipe oficial de Não vive sem
A música foi composta pelos próprios Bressan e Brazza, em parceria com Caio Paiva, Caio Passos, Tio Phill, e Zain. Não vive sem narra uma história de amor entre um casal que se gosta quase instantaneamente, mas enfrenta dificuldades corriqueiras de todo relacionamento como orgulho, imaturidade e falta de comunicação.
A faixa é o primeiro lançamento de Bressan deste ano. O DVD foi gravado ao vivo em São Paulo, na casa de shows Avenue, além de estar repleto de amigos e participações especiais. Sobre a parceria com Fábio Brazza, Bressan admite a importância de trazer artistas de outros gêneros musicais, como no caso de Brazza, o hip-hop, rap e trap. Além de Não vive sem, o DVD A porta contará com outras seis músicas.
Ao Correio, Bressan e Fabio Brazza falaram sobre a forma de amar do ponto de vista musical e sobre a importância de furar bolhas entre os gêneros musicais.
Entrevista // Bressan e Brazza
Para vocês do ponto de vista musical, a forma de amar tem mudado ou segue a moda antiga?
Bressan: Acredito que o amor continua sendo a mesma coisa que era antigamente e continua sendo para nós. O que muda é a velocidade da informação, a forma de se relacionar, como a gente se comporta, mas eu acredito que o sentimento ainda é o mesmo. Se a gente pegar na história temos vários períodos e o nosso é muito maluco.
Brazza: Também acho que o sentimento permanece, a maneira que a gente canta ele vai mudando e o pagode é uma das melhores maneiras de se falar de amor. Eu cresci nos anos 90, então ouvi o pagode 90 e por um tempo ele deu uma sumida, porém agora acredito que ele voltou com tudo.
Para vocês qual a importância de furar a bolha dos gêneros musicais e fazer feats com artistas de diversos gêneros?
Brazza: Primeiramente o rap é camaleão. O rap nasceu sampleando outros estilos e aí a poesia vinha em cima do ritmo, do funk, do soul, do jazz e assim foi o rap se metamorfoseando em muitas coisas. A popularização do rap se deve a essas misturas, antes o rap era um nicho, tinha um estilo de fazer rap com um tema que vinha de um lugar e esse é o app que eu me apaixonei. É o rap que veio da periferia cantando uma luta e com uma mensagem mais longa, menos melodia. Mas como todo gênero musical passa por uma evolução o rap a partir dali criou outros galhos, outros ramos, outros frutos. Assim como o samba, quando ele nasceu na rádio em 1917, o primeiro samba tem mais de cem anos só tocando em rádio. O samba ele era meio maxixe, depois virou de terreiro, samba enredo, virou bossa nova e depois pagode anos noventa. O casamento mais óbvio do rap seria o samba que vem da onde o rap vem, que tem a linguagem da periferia e que é a linguagem do brasilzão. O legal dessa música é que não pensamos vamos fazer um samba com rap, que vai ser eu e o Bressan no feat. Ela nasceu antes do resto e por nascer antes acho que foi mais espontâneo e natural.
Bressan: É muito difícil encontrar uma pessoa que seja apenas uma coisa, que gosta de apenas estilo e não consegue ouvir outra coisa. Principalmente nas metrópoles, a gente nota e consegue ver que existe uma junção de vários estilos, culturas e muita informação sendo aderida. O que a gente fez foi bem natural pra nós, mas já vem há muito tempo acontecendo através de muita gente como o Marcelo D2 e o Bruno do jeito moleque, que já era meio rapper no pagode. Então a gente não está inovando, estamos colocando para fora o nosso sentimento e trazendo aquilo que a gente é.
O público da capital pode esperar um show de vocês para este ano?
Bressan: As vendas dos meus shows são abertas inicialmente em São Paulo. Eu conversava com o Brazza há um tempo atrás de hora ou outra a gente ter um projeto junto e fazer um show juntos e quanto mais essa música fortalecer a ideia é mais certeza que a gente pode fazer algo do tipo. Porque não teria problema nenhum em estrada, pelo contrário, trabalharia ainda com mais alegria junto e em um futuro breve cara. Brasília foi um grande exportador do menos é mais, que veio com muita força aqui pra São Paulo. Eu gosto bastante do trabalho deles, eles puxaram o Di propósito e vários outros grupos também. Então eu fico muito feliz e espero que num futuro muito breve a gente possa começar as conversas para irmos aí.
Brazza: Eu amo Brasília. Fiz um show uma vez que eu fiquei uma semana aí e me levaram em todas as batalhas de rap que tinha, batalha do museu por exemplo. Eu conheci muita gente talentosa no rap e a identificação que eu tenho com os MCs de Brasília é porque eles puxam mais para ideologia. Eu me identifico com a cena do rap de Brasilia bastante e quando eu estava aí eu também cheguei a ir em um samba e até peguei o cavaquinho toquei com com a rapaziada. Fico muito feliz que Brasília trouxe o pagode de volta pra cena porque eu amo pagode.
Estagiário sob supervisão de:
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