Amigos de André Luis da Cunha, que morreu nesta segunda-feira (30/1), lamentaram a morte do cineasta brasiliense.
A morte de André Luis da Cunha foi divulgada pela produtora cultural Rute Andrade em uma publicação nas redes sociais, na madrugada desta terça-feira (31/1).
“Ele deixa sua marca no cinema de Brasília. Não se conta a história do cinema de brasiliense sem citar seu nome. Ele faz parte dessa história”, lamentou Andrade.
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Ao Correio, o ator João Antônio, com quem André Luis trabalhou como diretor de imagem em Perfumado, Simples mortais (Mauro Juntini) e Homem (René Sampaio), falou sobre a proximidade com o cineasta. "Estivemos muito próximo no set e muito próximos na vida, ele frequentou muito minha casa. Ele estava juntando todos os meus filmes para que fizéssemos um trabalho sobre os filmes. Ele era muito jovem", lamentou.
O diretor de fotografia André Lavenére, ressaltou a importância de André Luis para o cenário das artes visuais, não só em Brasília, mas em todo o país e como era ativo no meio. "Como produtor de cinema, como diretor, como diretor de fotografia... (André) Tem muitos trabalhos com todo mundo nessa área. Ele teve um contato muito próximo de todo mundo que está aí hoje filmando. Todo mundo que está aí hoje no cinema, provavelmente a maior parte, teve uma grande influência do André", pontuou.
Lavenére enfatizou também o trabalho de Cunha na presidência da ABCV (Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo) e na Câmara Legislativa do DF, com o Troféu Câmara Legislativa de Cinema. "Ele foi muito atuante junto ao FAC, à Secretaria de Cultura, muito atuante nesses aspectos todos", completou.
"O André Cunha fomentou de muitas formas a produção cinematográfica em Brasília. E deu muita força para muita gente que estava começando. Deu muita força, muita informação, muito aprendizado para todo mundo", avaliou.
A atriz Catarina Accioly, com quem o cineasta tinha uma amizade desde jovem, relata que André Luis, juntamente com José Eduardo Belmonte, marcaram a faculdade de audiovisual da UnB com o filme Áporo, por terem conseguido trabalhar com a retomada do cinema através das suas obras.
"André e Zé deram um pé na porta no Festival de Cinema. Fazia muito tempo que Brasília não tinha produção e eles vieram com esses filmes que, cada um à sua maneira, trabalhavam com essa irreverência e essa transgressão. É uma geração que não teve acesso a editais públicos e aprendeu a fazer cinema de forma colaborativa", relembrou.
Ela lamenta a morte do cineasta, pontuando que "existem muitas pessoas talentosas, muito geniais e que muitas vezes não encontram a reverberação da capacidade criativa e artística e vão nos limites".
E completa: "André era muito politizado, questionador, além de ser especialmente bom como diretor de fotografia. Era uma mente brilhante e inquieta."
O velório de André Luis da Cunha será nesta terça-feira (31/1), às 15h, na capela 9 do cemitério Campo da Esperança.
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