A ONG Favela Mundo abriu 1.100 vagas para cursos gratuitos em comunidades no Rio de Janeiro. Os cursos ocorrem no contraturno escolar, para crianças e adolescentes de 2 a 18 anos. As aulas acontecerão na Rocinha (Biblioteca Parque da Rocinha: Estrada da Gávea, 454), Cidade de Deus (EDI Srª Perciliana de Alvarenga: Rua Moisés, s/n) e Caju (CIEP Henfil: Rua Carlos Seidl, s/n), no dia 13 de fevereiro.
As inscrições estão abertas e vão até as 1.100 vagas serem ocupadas. Para se inscrever é necessário que a criança ou adolescente esteja estudando e o responsável comparecer ao local que acontecerá o curso. É preciso levar uma cópia da identidade e CPF.
Os cursos são de teatro, hip-hop, jazz, danças brasileiras, violão e musicalização infantil. A organização não governamental Favela Mundo é a única do país reconhecida pela ONU como modelo de inclusão social nas grandes cidades. A ONG ajudou mais de 11 mil crianças e jovens, que participaram de uma ou mais de suas oficinas gratuitas de teatro, música e danças.
Até 2014, a ONG trabalhava apenas com crianças e jovens, mas atualmente também existem trabalhos focados na capacitação profissional das mães, irmãos mais velhos, responsáveis em geral.
A Favela Mundo surgiu em 2010. “Favela Mundo tem o objetivo principal de possibilitar o acesso à cultura aos moradores das comunidades cariocas e democratizar esse acesso e fazer com que principalmente as crianças e jovens tenham oportunidade de participar de atividades culturais de qualidade”, diz Marcello Andriotti, fundador da ONG. “O motivo para criação do projeto é transformar a cidade num local mais justo, mais igualitário, mais equitativo, para que a gente possa possa viver”, explica.
Marcello nasceu em Porto Alegre e, com 19 anos, realizou o sonho de morar no Rio de Janeiro. “Era meu maior desejo morar aqui. Quando eu cheguei, fiquei maravilhado, mas, ao mesmo tempo, comecei a ver que a cidade tem grandes questões de desenvolvimento. Eu sou ator de formação e comecei a pensar: o que eu poderia ajudar para que essa cidade se tornasse realmente a cidade que eu sempre sonhei, uma cidade maravilhosa”, conta.
Assim, a Favela Mundo começou como um projeto cultural com aulas de teatro dentro da comunidade. Depois de um tempo, Andriotti percebeu que nem todas as crianças tinham esse interesse pelo teatro e procurou amigos e conhecidos de outras áreas para ajudar. “Então, eu comecei a correr atrás de amigos e pessoas conhecidas que tinham esse mesmo desejo de transformação social através da arte”, explica.
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*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel
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