A urdidura da presença, fotolivro de Késsya Souza, está em pré-venda até 22 de janeiro para arrecadar fundos para a publicação física da obra. O lançamento consiste em registros do cotidiano de quatro mulheres negras da periferia do DF. Os pedidos podem ser feitos pelo site benfeitoria.com, que oferece opções de colaboração a partir de R$ 20. A campanha já alcançou 20% da meta e arrecadou R$ 1,5 mil.
Késsya usa a câmera para destacar as vivências pretas e periféricas de Brasília. O intuito do ensaio em questão é preservar visualmente o presente dessas pessoas, visto o pouco acesso que tiveram à fotografia ao longo da vida. Entretanto, a fotógrafa não descarta a importância do meio oral na manutenção da memória das famílias.
Como referência, ela se inspira na tradição dos griô, os contadores de história da África Ocidental. Eles são figuras responsáveis pela perpetuação do legado de determinada população, como Késsya busca fazer. O nome da obra, A urdidura da presença, faz referência ao conjunto de fios, em uma máquina de tear, que será perpassado pelo fio da trama. O sentido é remeter às ligações afetivas que unem as personagens registradas por ela.
O fotolivro é associado à editora independente Oribê, de Taguatinga (DF). Fundada em 2019,a casa já expandiu seus negócios a Salvador (BA) e busca enfocar a produção de pessoas de fora do eixo cultural do Sudeste, dando espaço para artes visuais, literatura e religiões de matriz africana.
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