MÚSICA

Jeff Beck: fãs e famosos se despedem do deus da guitarra

Jeff se manteve ativo até os últimos dias. Tendo lançado em 2022 dois trabalhos de destaque

Pedro Ibarra
postado em 12/01/2023 06:00
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)

O mundo se despede de uma entidade: o deus da guitarra Jeff Beck, um dos maiores e mais cultuados guitarristas de todos os tempos morreu aos 78 anos. O britânico morreu na última terça, mas o comunicado da família pelas redes sociais só foi divulgado na noite de ontem. O motivo da morte foi uma meningite bacteriana.

Na nota, além de anunciar a perda, a família contou o motivo da morte e pediu por privacidade. "Depois de contrair repentinamente meningite bacteriana, ele faleceu pacificamente ontem. Sua família pede privacidade enquanto processa essa tremenda perda", escreveram por meio da conta oficial do músico.

Pelas redes sociais, Mick Jagger lamentou a trágica notícia. "Com a morte de Jeff Beck, perdemos um homem maravilhoso e um dos maiores guitarristas do mundo", disse. Gene Simmons, do Kiss, reagiu com emoção. "Ninguém tocava guitarra como Jeff. Por favor, adquira os dois primeiros álbuns do Jeff Beck Group, e contemple a grandeza". Rod Stewart também homenageou o amigo: "Jeff Beck estava em outro planeta. Ele levou eu e Ronnie Wood para os EUA no final dos anos 1960 em sua banda, o Jeff Beck Group e não olhamos para trás desde então."

Nascido em Wallington na Inglaterra, Jeff começou a carreira com guitarrista de estúdio, auxiliando na gravação de outros artistas. Porém foi em 1965 que o talento do músico apareceu para o mundo. Ele entrou para banda The Yardbirds para substituir Eric Clapton, que estava em desacordo com a veia pop do grupo e decidiu buscar novos ares.

No entanto, a passagem pelos Yardbirds foi curta, apenas 18 meses. Por problemas de saúde ele se afastou e foi substituído por outro guitarrista que marcaria a história, Jimmy Page, conhecido pelo trabalho lendário com a banda Led Zeppelin.

Após se recuperar, o artista começou a carreira solo e criou o The Jeff Beck Group, em que gravou e assinou 23 discos de estúdio. Desde o princípio, ele vendia bem, mas estourou em 1975 com o álbum Blow by blow, que vendeu mais de 1 milhão de cópias e chegou ao quarto lugar da lista da Billboard. Até hoje, este permanece como o disco mais bem sucedido de Jeff Beck e tem como destaque a música Cause we've ended as lovers.

Apesar de ter sido apelidado o "deus da guitarra", sempre prezou por levar o instrumento a novas fronteiras. Ele passou pelo blues, jazz, rock, pop e chegou a flertar até com a música eletrônica em lançamentos mais recentes. O música sempre chamou a atenção pela potência nos solos e por ser um dos poucos da geração a não fazer o uso da palheta ao tocar. 

Jeff se manteve ativo até os últimos dias. Tendo lançado em 2022 dois trabalhos de destaque. O álbum 18, fez em parceria com o ator e cantor Johnny Depp, e o single Patient number 9, foi uma participação especial na faixa que dá título ao álbum mais recente de Ozzy Osbourne. Os shows também foram constantes, uma vez que ainda era nome recorrente nas lineups de festivais e saiu em turnê ao lado de Depp. A última presentação que havia feito no Brasil foi em 2014, no festival Best of Blues, em São Paulo.

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