Repúdio

Comitê Brasileiro de História da Arte afirma que extremistas precisam ser punidos

Em nota de repúdio, o comitê se posicionou acerca dos atos terroristas do último domingo (8/1)

Correio Braziliense
postado em 09/01/2023 00:00 / atualizado em 09/01/2023 19:01
 (crédito: Reprodução/redes sociais)
(crédito: Reprodução/redes sociais)

O Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA) divulgou, nesta segunda-feira (9/1), uma nota de repúdio em que exige a punição aos extremistas que destruíram o patrimônio público na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Criada em 1972, a entidade reúne pesquisadores da área e docentes de diversas instituições de Ensino Superior no país.

Entre os objetos, obras de arte foram também vandalizadas, como o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliado em R$ 20 milhões. A escultura Bailarina, de Brecheret, foi roubada do Congresso Nacional. “Nesse momento em que a sociedade assiste às notícias de destruição de várias obras de arte de notória importância histórica e de monumentos da arquitetura modernista e seus bens móveis integrados, é preciso exigir a punição dos responsáveis nos termos da lei”, afirma o comitê em nota à imprensa.

A destruição aconteceu neste domingo (8), quando extremistas bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições passaram pelas barreiras policiais e invadiram os prédios na Praça dos Três Poderes. Confira a nota na íntegra:

“O Comitê Brasileiro de História da Arte, entidade criada em 1972 e que reúne pesquisadores e pesquisadoras da área, docentes de diversas Instituições de Ensino Superior no país, diante dos acontecimentos recentes ocorridos em Brasília, vem manifestar seu repúdio aos ataques de caráter terrorista dirigidos às sedes dos três poderes de Estado, considerando tratar-se do maior ato iconoclasta da história do Brasil, ocorrido na presente data.

Nesse momento em que a sociedade assiste às notícias de destruição de várias obras de arte de notória importância histórica e de monumentos da arquitetura modernista e seus bens móveis integrados, é preciso exigir a punição dos responsáveis nos termos da lei.

Sobretudo, não há como negar, porém, que a violência política atinge gravemente o patrimônio cultural brasileiro. Sendo assim, o CBHA vem reafirmar seu compromisso com a democracia, compreendendo que seu fortalecimento, nesse momento da vida nacional, mais do que nunca depende da firme defesa da segurança e preservação do patrimônio cultural brasileiro.

Cabe lembrar que Brasília foi inaugurada como monumento ao futuro e símbolo da utopia de construção de uma civilização moderna e original, que encontrou na criação artística sua maior expressão. Sendo assim, preservar Brasília como bem do patrimônio cultural nacional equivale a defender o futuro da democracia no Brasil.” 

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