Ruggero Deodato, controverso diretor de cinema que teve impulso na carreira ao final dos anos de 1960, morreu, nesta quinta (29/12), aos 83 anos, em Roma. Sem causa detalhada, o jornal italiano Il Messaggero, comunicou a morte do mestre que inspirou diretores como Oliver Stone e Quentin Tarantino. Entre outros filmes, Deodato cunhou um clássico: Cannibal Holocaust (1980).
No filme, um quarteto de repórteres parte para a revelação de uma tribo de canibais, na Amazônia, num universo gráfico que trazia registro de estupros e infindáveis torturas. A lida com elementos como sadomasoquismo e retrato de abates protagonizados por animais, causaram censura, mundo afora.
Muitas contradições cercaram o legado do diretor que prezava a a autenticidade dos registros de morte nos filmes, a ponto de estimular o desaparecimento, na vida real, de atores, para sugerir reais mortes em cena. A apreensão de material de cinema, ao que revelaram policiais traziam indícios de reais mortes em cenas.
Sob suspeita e com o risco de encarar 30 anos de prisão, Deodato convocou artistas para desbaratar supostos complôs. A matança de animais, em filmes, foi defendida por ele, sob pretexto que se tratavam de presas que serviriam à alimentação da equipe. Auxiliar de diretores como Sergio Corbucci e Roberto Rosselini, Deodato ficou conhecido pelas cenas realistas de longas como O último mundo dos canibais (1977) e Inferno ao vivo (1984).
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