Num retrospecto, vale lembrar que, em 2009, Avatar, no primeiro fim de semana, teve resultado nas bilheterias norte-americanos, momentaneamente, inferiores a fitas como Batman — O Cavaleiro das Trevas, que acumulou US$ 158 milhões, enquanto Avatar ficou com a fatia de US$ 73 milhões. Mas isso é passado, e a enxurrada de sucesso nunca mais se descolou do filme de James Cameron. Na Brasília de 2009, quem bem ilustrou a sensação do público foi o servidor público Adaílton Borges, que analisou, ao Correio, "a experiência" de assistir a Avatar. "Gostei muito. Você se sente dentro do filme", observou. Na capital, três salas de cinema foram inauguradas para exibir o filme, que, num total de cinco cinemas, foi apresentado em 3D. A demanda pelo formato resultou em ingressos esgotados e um cenário invejável: 30 salas da cidade embalavam 103 sessões diárias. Avatar, no cinema, foi exibido de dezembro (2009) até fins de março nas salas de cinema de 2010.
Tirado do baú para uma reestreia nos Estados Unidos, passados 13 anos, Avatar (2009) ficou em terceiro lugar no mercado norte-americano, confirmando o poder de ocupar salas com o incremento do Imax. No cômputo geral de bilheterias o feito revolucionário de James Cameron segue à frente de outros francos sucessos como Vingadores: Ultimato (2019) e Titanic (1997). Relembre a reportagem do Correio de 2009:
Escalada
Na Variety, despontaram as primeiras impressões do "fenomenal", nas palavras do crítico Erik Davis (da rede de vendas Fandango) que ressaltou a "incrivelmente cativante beleza do espetáculo" Avatar: o caminho da água, além do componente de espiritualidade do longa. Autor de notáveis filmes como A forma da água e O labirinto do fauno, o cineasta Guillermo del Toro, que foi dos primeiros profissionais a ter acesso ao filme, definiu a obra como "uma conquista impressionante" e reforçou que Cameron está "no auge dos poderes", administrando "emoção em escala épica".
Representante da Collider, Peri Nemiroff sublinhou os efeitos visuais alucinantes e atestou "cada quadro", num crescente, "mais interessante do que o outro". O crítico norte-americano Josh Horowitz tachou o blockbuster épico como "visceral" e reforçou o "magnetismo da estatura real de um filme". Para a revista Empire, o direor do novo filme, James Cameron, disse que não admitirá quem critique o longa, dada a extensa duração, enfatizando "não há problema em deixar a sala de cinema, temporariamente, para se fazer xixi". Na ocasião da entrevista, contestou possíveis críticas, pelo argumento de que os filhos veem veem cinco horas seguidas de tevê.