Música

Rob Halford se diz orgulhoso de encorajar metaleiros gays a se assumirem

Vocalista do Judas Priest revelou que recebeu cartas de metaleiros gays do mundo todo quando saiu do armário

Rob Halford, 71 anos, vocalista da banda britânica de heavy metal Judas Priest, revelou em entrevista ao g1, que recebeu cartas de metaleiros gays do mundo todo quando saiu do armário em 1998.

O cantor Rob Halford ainda é a referência quando se fala em questões LGBTQIA+ dentro do heavy metal, quase 25 anos após ter se revelado homossexual.

O líder da banda Judas Priest se diz orgulhoso de ter ajudado os fãs gays a se assumirem, embora tenha sido sempre muito cuidadoso ao comentar sobre o assunto — com exceção da revelação para a MTV.

Halford comparou sua revelação com o caso do jogador de futebol inglês Jake Daniels, de 17 anos, que se assumiu gay recentemente.

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"Ele disse que não tinha ideia de que ia receber mensagens de mães dizendo: 'por causa do que você fez, meu filho conseguiu me dizer que é gay também'. Ele disse que não esperava isso. E que entendia agora que era uma figura pública, e que as pessoas assistem e ouvem você tentando entender suas mensagens. E isso as faz tomar decisões sobre suas vidas", contou.

Ele também revelou ter passado por situação semelhante, recebendo cartas de fãs do mundo todo. “Foi a mesma coisa para mim. Quando eu saí do armário oficialmente, eu recebi cartas e cartões-postais de todo o mundo de metaleiros dizendo 'eu sou como você', ou 'por causa do que você fez, eu consegui contar para minha mãe e meu pai, para meus colegas de trabalho, ou meus amigos da escola’. Isso é incrível. Você nunca espera que esse tipo de coisa aconteça. Você não pensa nisso por que está sentindo tanta dor por si mesmo", contou o artista.

Ele conta que até hoje recebe mensagens nas redes sociais e que faz questão de ler todas. “Eu vejo o que as pessoas estão dizendo e é isso que precisamos fazer, porque ainda há um longo caminho para a aceitação completa", afirmou.

Rob ainda deixou uma mensagem para a comunidade LGBTQIA+. "Em primeiro lugar, você tem que amar a si mesmo, e aí espalhar esse amor pelo resto do mundo. Amar a si mesmo é amar sua identidade e sua identidade sexual. Acho que isso ainda vale hoje", finalizou.

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