Cultura

Oi futuro anuncia novo comitê e ações de reposicionamento da marca

O grupo ficará a cargo de decisões sobre novos projetos a serem apoiados e da mudança de marca do Centro Cultural de Arte, Ciência e Tecnologia a partir de 2023

Inclusão, acessibilidade e inovação resumem o novo plano estratégico do instituto Oi Futuro. Para execução deste plano, foi anunciado, na terça-feira (6/12), um comitê estratégico composto por Sara Crosman, presidente do instituto, o economista Fábio Szwarcwald e o especialista em tecnologia Felipe Furtado. Dentre outras atribuições, o grupo ficará a cargo da mudança de marca do Centro Cultural de Arte, Ciência e Tecnologia a partir de 2023.

Com reuniões mensais para decidir sobre novos projetos e redirecionamentos nos projetos do centro cultural, o comitê ainda pode ser expandido, visto que ainda está em formação inicial. "Esse planejamento estratégico é um ponto de partida, pois sabemos que o mundo está girando numa velocidade que, muitas vezes, nem sequer conseguimos acompanhar. Então, à medida que vivenciarmos o que estava previsto no planejamento inicial adicionaremos mais camadas ao que estava idealizado no início", explica Sara Crosman.

Um dos primeiros passos a serem tomados é o redirecionamento de marca do centro cultural, que a partir de março do ano que vem muda de nome – a ser anunciado posteriormente. Essa nova fase do instituto também se dá no fomento a novos projetos, feito pela abertura de dois editais em 2023. O primeiro semestre do ano será para a escolha de projetos nacionais nos estados com lei operacional de incentivo à produção artística.

O segundo semestre será para escolha de projetos que serão exibidos na programação do centro cultural, seja no espaço físico do local ou em exibições. "Nossa nova marca tem a ideia de que o centro cultural não pode estar somente em um prédio no bairro do Flamengo (RJ). A construção que queremos fazer é para que cada vez mais tenhamos também experiências digitais que possam chegar a todos os brasileiros", explica Carla Uller, gerente executiva do instituto Oi Futuro.

Educação, tecnologia e arte

 

Renata Mello/ Oi Futuro - Outro ponto de foco da nova fase do reposicionamento de marca do Centro Cultural se dá na associação entre arte, tecnologia e educação

Outro ponto de foco da nova fase do reposicionamento de marca do Centro Cultural se dá na associação entre arte, tecnologia e educação. Fábio Szwarcwald, membro do comitê estratégico, destaca a inserção do eixo tecnológico no cotidiano não só de artistas, mas de jovens e crianças em formação. “A tecnologia perpassa tudo que pensamos aqui, tanto que temos a única bienal de arte digital do Brasil. Isso, sem dúvida nenhuma, nos interessa muito, a partir do momento em que a tecnologia faz parte da nossa vida e fará cada vez mais parte não só da vida dos artistas, mas de crianças e jovens que estão se formando hoje”, enfatiza.

Além da atenção ao público infantojuvenil, o novo posicionamento do Oi Futuro também enfoca a formação de educadores, para que possam inserir o ensino de arte na rotina estudantil de jovens em formação, como forma de expandir. “Estamos investindo bastante na formação de educadores. Na pandemia, 97% dos educadores não tinham dado aula on-line. Vamos trabalhar a formação de educadores em arte, ciência e tecnologia, para que eles sejam multiplicadores e isso faz parte dos novos projetos previstos para o ano que vem”, comenta Crosman.

Capital da arte


No evento, alguns responsáveis pelo Oi Futuro também destacaram projetos que estão em andamento no Distrito Federal e que serão continuados em 2023. A atuação do instituto no DF vem desde 2014, com a organização de diversos projetos em 2015. Dentre as principais iniciativas ocorridas aqui estão o Favela Sounds, Festival Internacional de Cultura de Periferia e o Festival Latinidades. “São projetos que têm total convergência com o que acreditamos quanto à diversidade e busca pelo que é novo, que temos buscado em outros territórios”, afirma Victor D’almeida, gerente de Cultura do Oi Futuro.

Renata Mello/ Oi Futuro - No evento, alguns responsáveis pelo Oi Futuro também destacaram projetos que estão em andamento no Distrito Federal e que serão continuados em 2023

A coordenadora de patrocínios do instituto dá destaque ao Favela Sounds e ao trabalho de organização desenvolvido nele. Ela também ressalta o alcance do público como um dos principais aspectos do projeto. “O Favela Sounds é super emocionante. São 25 mil pessoas por dia, mais de 10 ônibus que saem de todos os cantos das cidades satélites. Outro ponto muito interessante é que, ao longo do ano, há todo o processo de formação não só de jovens do ensino médio, que participarão, mas de todo o mercado da música. De todos os festivais que acompanho, eles são os que conseguem, efetivamente, chegar no público jovem periférico, LGBTQIA+ e isso é muito forte na identidade construída", comenta.

D’almeida também comentou sobre o Festival Latinidades, cuja atuação em questões de gênero e raça faz com que seja destaque no cenário cultural do DF. “Esses são pontos importantíssimos a serem contemplados na escolha de projetos culturais, uma vez que a economia criativa, a cultura e negócios de impacto social podem proporcionar a geração de riqueza, ações de qualificação profissional e educação, e ao mesmo tempo, gerar o contato com um público tão vasto quanto o Festival Latinidades atinge".

Saiba Mais