CRIME

Nick Carter, dos Backstreet Boys, é processado por suspeita de estupro de menor

A vítima, que move o processo, é uma mulher autista e com paralisia cerebral leve. Depois do ataque, Nick Carter teria a chamado de "cachorra retardada"

Agência France-Presse
postado em 08/12/2022 19:49 / atualizado em 08/12/2022 19:49
 (crédito: Ethan Miller / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
(crédito: Ethan Miller / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

Uma mulher autista e com paralisia cerebral leve abriu nesta quinta-feira (8/12) um processo judicial contra Nick Carter, acusando o integrante dos Backstreet Boys de estuprá-la em 2001, quando ela tinha 17 anos.

Shannon Ruth, agora com 39 anos, veio à público em uma coletiva de imprensa na Califórnia, junto com seu advogado. A ação foi movida em um tribunal do estado vizinho de Nevada, onde residem a suposta vítima e Carter.

Mark Boskovich, advogado da mulher, disse que Ruth conheceu Carter em fevereiro de 2001 após um show dos Backstreet Boys em Tacoma, Washington, quando se aproximou para pedir um autógrafo.

Carter teria convidado a menina para acompanhá-los em um ônibus da turnê, onde teria dado para ela beber um líquido descrito como “suco VIP”.

“Depois que ela tomou o suco, Carter a levou ao banheiro do ônibus, a mandou ajoelhar, abaixou suas calças, expôs seus genitais e a ordenou que realizasse atos sexuais”, relatou Boskovich.

“Ela era virgem [...] e chorou durante o calvário, mas isso não o deteve”, acrescentou o advogado. “Em seguida, Carter levou Shay para uma cama na parte de trás do ônibus, a empurrou na cama e a estuprou, apesar dos repetidos pedidos para que parasse”.

“Embora eu seja autista e viva com paralisia cerebral, creio que nada tenha me afetado mais na vida que o que Nick Carter fez e disse pra mim”, afirmou Ruth, que chorava incontrolavelmente durante o encontro com a mídia.

A mulher contou que depois do ataque o artista a chamou de “cachorra retardada”, além de deixar hematomas em seu braço e infectá-la com HPV.

Boskovich disse, ainda, que declarações de outras três mulheres, por enquanto anônimas e com casos similares, foram incluídas no processo civil que busca uma reparação econômica.

Ruth explicou que não tinha denunciado Carter antes por medo de represálias. “Espero que vindo a público hoje, mais mulheres encontrem a coragem para também falar e responsabilizar Nick Carter”.

Esta não é a primeira vez que o músico é acusado de abuso sexual. Em 2017, Melissa Schuman, ex-integrante do grupo pop Dream, disse que Carter a havia estuprado em 2002 quando ela tinha 18 anos, alegação negada por ele na época.

Os representantes de Carter, de 42 anos, não responderam a princípio os pedidos de comentário da AFP.

O mais jovem membro dos Backstreet Boys, “boy band” que causava furor nos anos 1990, também não se pronunciou em suas redes sociais.

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