Nesta terça-feira (6/12), a jornalista e escritora Dad Squarisi faz live com bate-papo para celebrar o lançamento do segundo volume do livro Desafios. Com subtítulo "uma celebração da ciência a favor da vida", a obra é uma parceria de Dad, editora de opinião no Correio, e Nelson Hamerschlak, médico hematologista e hemoterapeuta responsável por transplante de medula óssea do Hospital Albert Einstein. Os autores vão participar da conversa ao vivo às 19h, no perfil da Livraria da Vila no Instagram.
A parceria entre Dad e Hamerschlak surgiu em 2016, quando ela foi internada para fazer um transplante por conta da leucemia. "É muito tempo de internação e muito tempo livre", conta. Como forma de distração, a autora decidiu entrevistar o diretor do Albert Einstein e quatro pacientes que estavam no mesmo andar que ela. No ano seguinte, porém, o primeiro transplante de medula feito pelo hospital completaria 30 anos e a escritora e jornalista relembra a inquietação do hematologista: "Por que só quatro? Vamos fazer um livro para comemorar os 30 anos de transplante".
Assim surgiu o primeiro volume de Desafios: relatos de celebração à vida, lançado em 2017, com 30 depoimentos de pessoas que, como Dad, vivenciaram o procedimento de alguma forma: "Cada depoente conta sua própria história", ela diz; desde como foi a reação ao receber a notícia, como foi o percurso de transplantes e como estava sendo o tratamento. "Foram 30 depoimentos e nenhum se repetiu, porque cada pessoa é uma pessoa. Isso mostra o quão diferente nós somos."
Agora, cinco anos depois do lançamento do primeiro livro e 35 anos depois do primeiro transplante feito pelo Albert Einstein, 35 novos depoentes, incluindo Dad, contam as experiências que tiveram. No ano passado, a autora teve de passar novamente pela intervenção: "Eu digo que comemoro três aniversários: 30 de abril, quando nasci, 13 de junho de 2016 e 5 de fevereiro de 2021", que foram os dias dos transplantes. Isso porque, segundo ela, essas datas marcam "um renascimento, uma revisão de vida".
Por isso, contar a história de pessoas que passaram por esse reviver é tão único. "A essência da experiência é a mesma, mas a reação é diferente", afirma. Depois de passar duas vezes pelo procedimento, ou, como ela mesma diz, depois de renascer duas vezes, Dad entende hoje que a vida é curta para guardar sentimentos ruins: "Só fica o essencial, e o essencial é a vida, a família, os amigos".
Autora de coluna sobre língua portuguesa que sai toda semana no Correio, ela diz que explorar outras áreas, como ciência, saúde e até mesmo a capital federal — em livro sobre Brasília que lançou no fim do ano passado —, por meio da escrita, tem sido satisfatório: "Eu sou muito curiosa, então foi muito gratificante abrir outros universos".
Dad finaliza dizendo que espera, nos próximos anos, lançar outros volumes de Desafios, em comemoração a 40, 45 e quantos anos mais vierem desde o primeiro transplante de medula óssea feito no Hospital Albert Einstein, em 1987. Desta vez, porém — e ainda bem —, ela não será depoente.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
Bate-papo sobre o lançamento do volume 2 do livro
Desafios: uma celebração da ciência a favor da vida
Nesta terça-feira (6/12), às 19h, pelo perfil @livrariadavila no Instagram.
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