Na noite desta quarta-feira (16/11) o telão do Cine Brasília deu vida ao longa metragem Rumo, sob direção de Bruno Victor e Marcus Azevedo. A produção faz parte da categoria 'Mostra Competitiva Nacional' e é o ponto central da terceira noite do 55° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). O longa é caracterizada pela temática das cotas raciais nas universidades públicas.
Ao Correio, o diretor Marcus Azevedo falou sobre a importância de narrar a história das cotas raciais. "Entender que os negros e negras que foram responsáveis por essa política tão importante", destaca o diretor.
Marcus comenta a necessidade de compreender a luta enfrentada para garantir espaço no ambiente acadêmico público. "Durante muito tempo a universidade não foi um espaço para pessoas negras, e hoje depois de toda essa luta, acho essencial mostrar no filme quem estava nessa luta", relata. "A nossa luta é coletiva, não lutamos sozinhos e o filme vai mostrar um pouco disso", encerra.
A programação do terceiro dia do festival também foi composta pelos curtas metragem Calunga Maior (Paraíba), Sethico (Pernambuco), além do longa metragem Rumo (Distrito Federal). Ao serem anunciados, os curtas foram bastante aplaudidos pelo público presente na sessão.
O longa Rumo, por ser o ponto central da noite, foi ovacionado por toda a plateia. Os dois diretores e o público ainda cantaram parabéns para a cineasta Edileuza, radicada em Brasília e diretora do filme Filhas de lavadeiras, que estava no Cine Brasília nesta quarta-feira.
Festival segue até o dia 20 de novembro
O 55° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro teve inicio no dia 14 de novembro e seguira até o dia 20 de novembro. O terceiro ato do evento foi marcado pelo grande número de pessoas que foram prestigiar as produções cinematográficas.
O festival, que é o mais longevo do país, exibe nesta edição mais de 40 títulos de todas as regiões brasileiras e com homenagem ao veterano realizador Jorge Bodanzky. Com quase 1.200 filmes inscritos, a seleção oficial do 55º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é dividida entre longas e curtas das mostras Competitiva Nacional e Brasília, além de duas mostras paralelas de longas e sessões hors-concours.
A edição 2022 está focada no retorno ao ambiente de exibições presenciais e na reconstrução de políticas do audiovisual brasileiro. Procurando ampliar a janela de filmes em competição e mantendo a marca histórica de 6 longas e 12 curtas nacionais, o Festival de Brasília inicia os trabalhos já com a Mostra Competitiva Nacional na noite de abertura. Os filmes competem por quase 30 troféus Candango, em sessões apresentadas sempre às 20h30, de 14 a 19 de novembro. A direção artística desta edição é assinada pela produtora Sara Rocha.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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