Música

Aos 80 anos, Paulinho da Viola é homenageado em novo disco: Choro negro

O pianista Cristovão Bastos e o clarinetista/saxofonista Mauro Senise juntaram os talentos para celebrar o criador de Foi um rio que passou em minha vida

Depois de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Milton Nascimento, foi a vez de Paulinho da Viola, entre nomes icônicos da música popular brasileira, a completar 80 anos. Isso ocorreu sábado último. O cantor e compositor carioca recebeu homenagem no dia do aniversário, em programas de televisão. Já o Canal Brasil exibiu o documentário Meu tempo é hoje.

O pianista Cristovão Bastos e o clarinetista/saxofonista Mauro Senise juntaram os talentos para celebrar o criador de Foi um rio que passou em minha vida em Choro negro, álbum com com 10 faixas. Sete delas são de autoria do homenageado, entre as quais os clássicos Coração leviano, Por um amor no Recife, Sarau para Radamés,Tudo se transformou, e a faixa título, além da menos conhecida.

A elas se juntam a menos conhecidas Vinho fino...cristais, feita com Capinam; Não me digas não e Um choro pro Waldir, parcerias de Paulinho e com Cristovão e Outonal, que o pianista compôs para o mestre — de quem é compadre. No projeto, idealizado por Ana Luisa Marinho, há a participação do contrabaixista Jeff Lescowich e do percussionista Jurim Moreira. Ao material de divulgação se juntou um belo texto de Edu Lobo, realçando a importância de Paulinho da Viola e o trabalho realizado pelos instrumentistas.

De acordo com Cristovão Bastos, ideia inicial era gravar um disco em homenagem aos oitentões."Mas chegamos ao consenso de nos fixar na obra de Paulinho, com a qual temos mais familiaridade. Selecionei algumas músicas e o Mauro complementou com outras sugestões. A maioria das faixas do Choro negro tem a assinatura do homenageado. Duas delas são parcerias minhas com ele e a há Outonal, que fiz para celebrá-lo", ressalta o pianista.

"Chegamos à conclusão que para a gravação de um disco instrumental, cuja concepção inclui improvisos, o repertório deveria trazer composições que se adequasse à proposta do projeto. Entre as que sugeri estão Choro negro, que veio dar título ao álbum; e Por um amor no Recife", explica Mauro Senise, que já havia participado de outros trabalhos com Cristovão Bastos.

Choro Negro — Cristovão Bastos e Mauro Senise tocam Paulinho da Viola

Álbum com 10 faixas. Disco físico, disponível também nas plataformas digitais. Lançamento da Biscoito Fino.