Warner Bros anuncia fusão com Cartoon Network; estúdio não encerrará produção

A decisão, de acordo com a Warner, faz parte de um "realinhamento estratégico". O objetivo da fusão é fortalecer a divisão de animação da empresa

Reprodução/Twitter

Ao contrário das afirmações dos internautas, que estão usando as redes sociais para lamentar a “morte” da Cartoon, responsável por animações famosas entre os brasileiros, como As Meninas Super Poderosas, Scooby Doo, Coragem, o Cão Covarde, entre outras, o estúdio não encerrou as atividades. Com a fusão, ambas as empresas manterão seus rótulos separados, ou seja, embora a produção seja feita de forma unificada, o Cartoon mantém a sua marca.

“Ei, vocês, não estamos mortos, estamos apenas completando 30 anos. Aos nossos fãs: não vamos a lugar nenhum. Fomos e sempre seremos o lar dos amados e inovadores desenhos animados. Mais está chegando em breve”, assegurou a Cartoon em postagem nas redes sociais. Na legenda, a empresa brincou com os comentários na internet sobre a “morte” do estúdio. “Quando a internet diz que você está morto, mas você está sentado aqui como…”, escreveu, com um emoji de observação.

Uma redução nos projetos é esperada

Apesar da Cartoon garantir aos fãs que “não vai a lugar nenhum”, os fãs e especialistas esperam que a fusão resulte em uma redução nos projetos autorais da empresa. Isso porque, atualmente, a Warner está focada em grandes propriedades intelectuais, como é o caso do universo expandido da DC.

Com a unificação, os estúdios devem investir mais em animações da Warner. Além disso, Sam Register, presidente da Warner Bros Animation, continuará sendo o chefe da divisão e deve ter poder de decisão sobre a Cartoon. Audrey Diehl, Peter Girardi, Sammy Perlmutter, Bobbie Page e Ed Adams, todos da Warner, comandarão subdivisões do setor de animação.

A fusão aconteceu depois de demissões em massa na Cartoon, visando redução de custos para a Warner. Outra afetada nesse processo é a HBO Max, que disponibiliza os desenhos da Cartoon para os assinantes, já que, de acordo com o planejamento, os streamings se unirão gradualmente e o primeiro local a receber a novidade deverá ser a América do Norte, até meados de 2023.