O fato de Danilo Caymmi ter escolhido Andança como nome do show que fará amanhã e quinta-feira, no Espaço Cultural do Choro, é para relembrar da palavra que deu título à música que compôs em parceria com Edmundo Souto Neto Paulinho Tapajós, classificada em terceiro lugar no Festival Internacional da Canção de 1968 — defendida por Beth Carvalho.
"Aquele festival teve Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque como vencedora, enquanto Pra não dizer que não falei das flores foi a segunda colocada. Era a preferida do público, que superlotou o Maracanãzinho. Vivíamos naquele momento um período de grande ebulição política, sob a égide da ditadura militar, contestada pela classe artística", lembra Danilo.
"Esse show estreou no Rio de Janeiro, antes da pandemia da covid-19, agora, com a retomada das atividades artísticas, vou me apresentar no Clube do Choro e levar ao público, por meio de canções, um panorama daquela época", destaca o caçula da família Caymmi. "É voltado principalmente para os mais jovens, embora acredite que possa ser apreciado por pessoas de diferentes gerações", acrescenta.
No repertório de Andança, o cantor reuniu alguns clássicos da MPB, entre os quais Saveiros (Dori Caymmi e Nelson Motta), Sá Marina (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar), Ponteio (Edu Lobo e Capinam), Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant), Eu e a brisa (Jhonny Alf), Viola enluarada (Marcos e Paulo Sérgio Valle), além das citadas Sabiá e Pra não dizer que não falei das flores.
"Durante o show, faço comentários sobre as canções e o contexto do período em que elas foram compostas e lançadas", anuncia Danilo. Ele será acompanhado pelo violonista Flávio Nunes e terá como convidados o pianista Antônio Carlos Bigonha e a cantora Márcia Tauil.
Saiba Mais
Andança
Show de Danilo Caymmi amanhã quinta-feira, às 20h30, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental). Ingresso à venda no local. Classificação indicativa livre.