ESTREIA

Clarice Falcão estreia tragicomédia brasileira em 'Eleita'

Na série, a personagem de Clarice Falcão vive uma influenciadora digital que acaba se tornando a governadora do Rio de Janeiro e tenta conciliar a vida de celebridade com os absurdos e problemáticas do cargo Executivo

A plataforma de streaming Prime Video lança, nesta sexta-feira (7/10), a série de comédia brasileira Eleita. Com enredo que passeia entre realidade e ficção, a obra apresenta Fefê, influenciadora digital vivida por Clarice Falcão, que decide, por brincadeira, entrar na corrida eleitoral para se tornar governadora do Rio de Janeiro. O que ela não imaginava é que ganharia a eleição.

Ao longos dos sete episódios, os espectadores podem acompanhar a história da influenciadora digital que largou as danças e lives para tornar-se a governadora do estado do Rio de Janeiro. Com ingenuidade e egoísmo, a aspirante a política tem que balancear a vida de festas com a nova responsabilidade adquirida. Ao fim do dia, ela descobre que o desejo de não governar e o egocentrismo correspondem bem ao perfil do cargo.

Carolina Jabor, de Aos teus olhos e O mistério do samba, assina a direção, enquanto Clarice Falcão divide as telas com Diogo Vilela, Luciana Paes e Polly Marinho. A série aposta em elenco diverso e linguagem que se conecta com a juventude, ao passo que trata de temas universais. Em entrevista ao Correio, Carolina explica que a ideia nasceu de uma divagação sobre a ideia de ver a própria Clarice Falcão no cargo de governadora. "Eu sempre achei que a Clarice deveria ter um um projeto mais múltiplo", revela. Em produção desde antes da pandemia, a série não contou com o feliz acaso de estrear em meio às eleições de 2022, mas abraçou a ideia. "A gente estava no (governo) Temer quando começou a escrever", relembra.

Inspirada na sucessão de escândalos do governo fluminense, a série teve dificuldade em superar os absurdos da realidade. Para Clarice Falcão, a personagem Fefê Pessoa poderia, sem sombra de dúvidas, existir no contexto político atual. A princípio baseada na atriz, a personagem extrapolou o real e tornou-se uma entidade apolítica, importante para que a série se tornasse um comentário sobre o circo político sem ter de tomar partido. "É um assunto que talvez precise mesmo ser falado. Sobre a importância do voto e como as pessoas têm que votar com consciência, com responsabilidade", explica Clarice.

À luz dos eventos da primeira ministra da Finlândia, que teve de se retratar por estar na balada, atriz e diretora aproveitam para enfatizar a importância do gênero da protagonista: "A gente quis fazer muitas personagens femininas fortes. Eu sinto que elas têm muito mais força e atitude do que os personagens masculinos da série". E completa: "No fim das contas, é um seriado bem feminino. Acho importante porque, falando de política, não há muita representatividade".

*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira

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