Audiovisual

Festival de cinema exibe produções para estudantes da rede pública

Além da apresentação das obras, o 1° Festival Internacional de Cinema Ambiental Calango oferece oficinas de audiovisual com celular para os alunos e cinco sessões com legenda inclusiva e audiodescrição para aqueles que são portadores de deficiências

Entre os dias 3 e 8 de outubro, a capital recebe o 1° Festival Internacional de Cinema Ambiental Calango. Ao todo serão exibidos 35 filmes, entre documentários, animações e ficções, que abordam o cuidado e o respeito com a natureza, em escolas públicas das regiões administrativas de Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Arniqueira e Guará.

Sete dessas sessões serão reservadas ao público aberto e exibidas de forma gratuita na Casa de Cultura do Guará, no Teatro dos Ventos, em Águas Claras, na Administração regional de Arniqueira, na Casa Abya Yala, em Vicente Pires, e no Instituto invenção brasileira, em Taguatinga, durante os seis dias, sempre às 19h30, não sendo necessária a retirada de ingressos.

Além da apresentação das obras, o Festival ainda oferece oficinas de audiovisual com celular para os alunos e cinco sessões com legenda inclusiva e audiodescrição para aqueles que são portadores de deficiências. "Quando fui conhecer as escolas com ensino especial percebi que quase nenhum projeto cultural passa por eles. Os professores até perguntaram: 'mas o filme já tem a acessibilidade colada?' Quando questionei o motivo da pergunta eles me informaram que, normalmente, são os próprios professores que traduzem para o aluno", conta a diretora geral do Festival, Marina Olivier.

Sobre as oficinas, a diretora explica que o curso é uma ótima atividade para as crianças usarem os aparelhos celulares para além das redes sociais. "A oficina será ministrada pela Alice Lira, da empresa Cinese. Os alunos assistirão às sessões dos filmes e logo depois partirão para a oficina. Alice adora trabalhar, juntamente com o filme visto, as possibilidades de fazer um filme usando apenas um recurso que a maioria de nós temos: um simples celular."

Segundo ela, o evento tem o objetivo de promover o acesso à cultura e ao conhecimento, tão necessários às crianças e jovens. "Quando falamos de meio ambiente, além da preocupação em preservar a fauna e a flora, também estamos abordando questões como saúde pública, mobilidade urbana e gerações futuras. Estamos falando da preocupação da geração dos nossos filhos e netos. Que mundo é esse que queremos entregar para eles?", questiona Marina.

"A seleção dos filmes infantis traz a reflexão, de uma forma sutil e singela, sobre a importância de nossa cultura popular, como abordado no filme Tem boi na estrada. Para o ensino médio, levaremos filmes premiados, como é o caso do longa-metragem Por onde anda Makunaíma, premiado como Melhor Filme na 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2020", conta a diretora. "O 1º FICA Calango veio para ficar de fato. Vida longa ao Calango!", finaliza.

 *Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco

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