Literatura

Roteiros não filmados são tema de livro lançado nesta terça (25/10)

Professor de cinema da UnB, Paulo Gonçalo lança o livro 'Hollywood de papel' no Beirute da 109 Sul, às 18h. Obra traz pesquisa sobre roteiros da indústria do cinema que nunca chegaram a ser filmados

Correio Braziliense
postado em 25/10/2022 16:22 / atualizado em 25/10/2022 17:12
 (crédito: Universo Produções )
(crédito: Universo Produções )

Com temática voltada para os bastidores das produções de cinema e roteiros que nunca saíram do papel, o pesquisador e professor de cinema da UnB Pablo Gonçalo lança, nesta terça-feira (25/10), no Beirute da 109 Sul, ás 18h, o livro Hollywood de papel. O livro é resultado de pesquisa de pós-doutorado que o autor realizou em 2019 nos EUA.

A obra revela o avesso de um período incontornável da história de Hollywood, quando a censura  era uma realidade e, por isso, muitos roteiros deixaram de ser filmados. No livro, o autor expõe originais, correspondências e relatórios sigilosos que revelam as variadas formas de manobra diante da censura na maior potência cinematográfica mundial. Pablo mostra como foi importante a resistência de roteiristas como Ben Hecht (1894-1964), Billy Wilder (1906-2002) e Frances Marion (1888-1973), autores de clássicos hollywoodianos.

"É sobre o lado do cinema que não foi contado, que ultrapassa a temática das grandes estreias, dos sucessos dos filmes premiados, mas, acima de tudo, é uma busca da valorização do trabalho do roteirista, que é aquele que escreve a história dos filmes, e infelizmente ainda não é bem visto dentro da história do cinema”, explica Pablo.

Pablo Gonçalo é crítico, curador, roteirista e professor do Departamento de Audiovisual da Universidade de Brasília. Além de Hollywood de papel, é autor do livro O cinema como refúgio da escrita: roteiros e passagens em Peter Handke e Wim Wenders, que fala sobre o cinema alemão, também com foco em roteiros não filmados. Desde 2012, Pablo Gonçalo escreve críticas e ensaios para a revista Cinética e, entre outros periódicos, colaborou com a Folha de S.Paulo e o Estado de Minas, e com as revistas Quatro Cinco Um e Cult, além da Senses of Cinema e La Furia Umana. Entre 2014 e 2016, participou da comissão curatorial do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

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