Alok lança mais uma colaboração internacional desta vez com Ellie Goulding e o DJ Sigala , a faixa foi disponibilizada nesta sexta-feira (7/10). Usando um trecho do sucesso da década de 1980, Enjoy the silence, da banda Depeche Mode, o goiano traz o novo single All by myself. O Correio participou de coletiva com o DJ sobre o lançamento e os próximos passos da carreira do artista.
A faixa nasceu a partir de uma proposta da gravadora de Ellie Goulding, junto com uma melodia trabalhada por Alok que remetia ao hit do Depeche Mode. “Era uma parte de menos de três segundos da voz dela na música. Ela é muito perfeccionista, a ponto de travar o lançamento da música para que ficasse redondo. Sendo bem sincero, notei diferença, mas não tanto. Foi a primeira vez que passei por um ponto de ser tão perfeccionista assim”, relembrou durante coletiva à imprensa.
O uso do sample foi significativo para Alok, que reúne cerca de 5 bilhões de reproduções mensais no Spotify. Segundo o artista, usar a canção não foi uma tarefa fácil. “Tive uma grande discussão porque fui eu contra todos, mas bati o pé. Na hora que vem o drop, vem a melodia… Queriam que viesse um vocal junto para ficar mais pop”, explica. “Só que estaria perdendo o que tem de mais importante, que é aquele momento que a melodia te toca e faz você ficar feliz. O vocal já tem a música inteira. Consegui ser bem fiel à melodia do Depeche Mode, e acho que essa mudança faria toda a diferença no resultado da música.”
Ele antecipou que a ideia é que All by myself ganhe um videoclipe, possivelmente gravado no Brasil. “A gente está marcando de gravar o clipe no Brasil. Estava na Assembleia Geral da ONU e ela também estava nos Estados Unidos gravando um programa de televisão. A gente se encontrou e trocou essa ideia.”
Confira All by myself:
Alok na ONU
No último mês, o artista se apresentou junto a artistas indígenas como Mapu Huni Kuî, do povo Huni Ku, no Acre; e Owerá MC, rapper do povo Guarani, de São Paulo. A ação veio para promover a pauta ambiental e a cultura ancestral dos povos originários do Brasil e lançar a campanha “O futuro é ancestral”, do Instituto Alok e do Pacto Global da ONU. “Eu lembro que eu fazia música para alcançar os charts, enquanto eles estavam fazendo músicas para levar a cura”, comparou ele.
“Eu percebi que não existe cultura mais ou menos desenvolvida. Eles mostraram como eu me reconectava com a natureza e eu passei a entender a natureza, ver a natureza de uma forma diferente”, contou. “A gente fala muito da questão de preservar a natureza, mas a gente se desconectou dela há muito tempo. Então, como é que você vai preservar algo que não entende? A gente só cuida daquilo que a gente ama.”
Para 2023, Alok lançará o primeiro álbum, um verdadeiro resultado desta troca de experiências, mas ele reforça que conseguiu “preservar as culturas, as músicas, mas ainda com minha estética", finaliza.
*Estagiária sob a supervisão de Pedro Ibarra
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.