Idealizado há dois anos, o festival Plural — Música e Diversidade só agora chega ao formato presencial. As edições de 2020 e 2021 foram realizados on-line, por conta das restrições impostas pela pandemia. Para a estreia ao vivo, que ocorre neste sábado (17/9) e domingo (18/9), a partir das 16h, a curadoria do evento buscou atrações musicais com trajetórias consolidadas nacionalmente. A elas se juntam na programação artistas de outros segmentos, que têm se destacado na cena brasiliense.
O Plural foi criado para ser plataforma de impulsionamento da cultura da diversidade e de grupos minoritários que carecem de oportunidades. Nasceu com o objetivo de dar visibilidade e de não apenas ser inclusivo, mas também com o intuito de ser uma possibilidade de protagonismo e de insistência na reconfiguração das estruturas culturais normativas", ressalta Yuri Rocha, diretor artístico festival.
Para participar do Plural a curadoria selecionou músicos que, nos respectivos segmentos, contam um trecho da história da da cultura atual do país. São representantes de gêneros como MPB, choro, rock, pop, soul e R&B, house, piseiro e hip hop, entre os quais o cearense Getúlio Abelha, o potiguar Potyguara Bardo, a paulista Mulamba e o grupo mineiro Mascucetas. Entre os brasilienses estão: Letícia Fialho, Fernanda Jacob, Thabata Loreno, Flor Furacão e Puta Romântica.
"Por ser um espaço de reconhecimento, empoderamento e protagonismo LGBTQIA que faz da diversidade a bandeira e a razão de ser um conjunto, ancoramos a programação musical, inclusive, com artistas engajados com os discursos e conclusões da atualidade sobre como combater a violência e discutir com a sociedade sobre valores básicos da igualdade", destaca Yuri.
Cantor cearense, Getúlio Abelha, que se apresenta com um grupo de balé, adianta: "O formato de show que tenho apresentado esse ano, com meu balé tem por base o álbum que estou lançando, intitulado Marmota". Para ele, "é bom ver a comunidade como centro e como foco da coisa, para além de cota e representatividade".
Já a cantora e compositora Letícia Fialho diz sentir-se feliz por tomar parte do festival pela inserção da música de Brasília em outros espaços, além da cena local, "o que não torna o cenário local, em termos musicais, nem menor, nem menos importante. Nesse show, vamos tocar músicas dos meus quatro álbuns, dentre elas, é claro, Corpo e canção, que completou esse mês 2 milhões de execuções no Spotify. Comigo estarão Larissa Umaytá (percussão), Mariano Toniatti (percussão), Henrique Alvim (guitarra), Haniel Tenório (trompete) e JP Mansur (baixo), grandes músicos tanto da cena local quanto do cenário nacional da música brasileira contemporânea."
A programação do festival para os dois dias é a seguinte: Sábado: 16h30: Fernanda Jacob; 16h45, Maria e o Vento; 17h30, Medro; 18h15, Letícia Fialho; 19h, Thabata Lorena; 19:h,55, Mulamba; 20h:30, Alice Caymmi; 22h:15, Getulio Abelha: 23hh35, Majur. Domingo: 16h Asú; 16h45, Aurora Vênus;17h30, Puta Romântica; 18h25, Banda Risco Torto; 19h10, Mascucetas; 20h05, Flor Furacão e Forró Jazz Cerrado; 21h, Sarani; 21h55, Potyguara Bardo; 23h15, MC Dricka; 0035, Linn da Quebrada.
Plural — Música e Diversidade
Sábado (17/9), a partir das 16h30 e domingo (18/9), a partir das 16h, no Eixo Cultural Iberoamericano, próximo à Torre de TV, com shows musicais, oficina, palestras, debates e mostra de artes visuais. O ingresso custa R$ 50.