Ao narrar as descobertas de James diante de um contexto atravessado por conflitos históricos, a peça Uma crônica para quem não deveria amar ganha vida graças ao texto do premiado autor Rafael Salmona. O espetáculo revive um período turbulento da década de 1960 dos Estados Unidos, quando as liberdades individuais estavam muito comprometidas. A peça estreou na quinta-feira (1/9) e vai até 11 de setembro, na Casa dos Quatro (708 Norte).
A narrativa acompanha a vida de James, um jovem escritor estadunidense contratado por um grande jornal da década de 1960. Ao optar por escrever crônicas sobre misteriosa Miss Daisy, o autor aposta em desfechos que revelam momentos de amor, paixão e ternura quase proibidos na época. Inserido em um contexto de extrema opressão e conflitos pelo mundo, James precisa aprender sobre as coisas da vida. Nessa jornada, conhece Elliot, um jovem revolucionário que compreende o ato de resistência em amar.
Além do texto e da atuação de Rafael Salmona, o elenco traz Arthur Rinaldi, Lucca Marques e Vinicius Facó. Dirigido por Rebeca Reis, Uma crônica para quem não deveria amar faz jus ao livro 1968: o ano que não terminou, do jornalista Zuenir Ventura. Ao mesmo tempo próximos e distantes de um período que marcou o assassinato de Martin Luther King, o decreto do AI-5, o protesto dos Panteras Negras nas Olimpíadas dos EUA e México, a primavera de Praga e outros.
Serviço
Uma crônica para quem não deveria amar
De Rafael Salmona. Com Arthur Rinaldi, Lucca Marques, Rafael Salmona e Vinicius Facó. Até 11 de setembro (quinta a sábado às 20h, domingos às 19h), no Espaço Multicultural Casa dos Quatro (SCLRN 708 Bloco F Loja 42 - Rua das Oficinas - Atrás do restaurante Xique-Xique). Ingressos: R$ 20 (meia, mediante previsões legais ou 1 kg de alimento não perecível, exceto sal) pelo site. Classificação indicativa 14 anos.