MÚSICA E ROLÊ

Artistas brasilienses se reinventam na música e desbravam novos ritmos

Lucas Maranhão e Rodrigo Bittes contam, ao 'Rolê', sobre os processos criativos e trajetórias na música

Pedro Ibarra
postado em 30/09/2022 06:00
 (crédito: Marina Moreira/fivulgação)
(crédito: Marina Moreira/fivulgação)

"Imagina um álbum que é metade para frente, metade para trás. Um álbum espelhado. E que os dois lados de cada faixa, toquem músicas diferentes e que tudo isso fizesse sentido", diz o artista brasiliense Lucas Maranhão, em postagem nas redes sociais, sobre o primeiro álbum solo da carreira, Verso reverso.

O cantor fez um vídeo para explicar como funcionaria essa ideia, que julgava como "maluca", e a postagem foi um sucesso. Na rede social TikTok são quase 200 mil visualizações para o clipe de explicação, o que reverteu em números de ouvintes, com mais de 10 mil reproduções no álbum nos dois primeiros dias do lançamento, marcado para o último dia 21.

Ao Rolê, Lucas comemora o lançamento do disco e o feito de ter pessoas o acompanhando pelas redes sociais. "Acho que depois de investir tanto tempo e dedicação em um projeto, é sempre uma realização ver a resposta positiva do público e a identificação de cada um com essas canções", diz.

O músico aproveita para indicar os caminhos que acredita dentro da arte. "Acho que a partir do momento que você como artista se permite criar em cima de uma ideia não convencional, você possibilita o alcance de um resultado original e único. Na minha visão é muito importante que exista espaço na arte para a experimentação e a ousadia", analisa.  Ele constata que o verso reverso só existe porque ele teve a liberdade de criar. "Acredito que a produção de arte deva ser livre para seguir diferentes caminhos, de modo que possibilite o destaque da individualidade de cada um", completa.

Um pouco de tudo

Nessa ânsia criativa, outro artista de Brasília também dá os primeiros passos no formato solo. O cantor, compositor e ator Rodrigo Bittes lançou em setembro o álbum Plantio, um emaranhado de ideias, de misturas musicais e histórias divididas em cinco faixas.

Rodrigo cria uma realidade alternativa que junta música a vivências reais e surreais. "Este é um álbum de autoficção, ele vai contar essa trajetória que é uma mistura de coisas que realmente vivi e outras completamente inventadas", explica o artista. "É uma forma de traduzir, a minha maneira, uma trajetória que vai desde a pandemia e a minha volta para o Brasil até às eleições", complementa.

Bittes estava morando na França quando a pandemia começou, ele estava estudando teatro em um conservatório quando tudo teve que parar. No marasmo, decidiu que aprenderia a tocar violão, ele tinha 28 anos na época. Comprou um instrumento de plástico, "o mais barato que tinha, as peças soltavam", conta. Com estudos de piano nos tempos de criança, adaptou-se ao novo instrumento e decidiu mergulhar de cabeça em uma nova carreira e agora com 30 anos lança o primeiro disco. "Eu tenho muito essa coisa de simplesmente botar a cara, então decidi escrever minhas músicas, gravar meu álbum e é isso, vou virar cantor", lembra Rodrigo.

Dessa forma, o "recém" cantor quer buscar um lugar nesse novo mundo artístico que tem desbravado. Apostando em músicas de diversos ritmos, tem pop, MPB, axé e até sertanejo, mas principalmente em uma visão própria sobre o mundo que o rodeia. "Eu espero que as pessoas gostem do álbum, se não pela surpresa dos estilos diferentes que são trabalhados, pelo interesse na história que tenho a contar", finaliza.

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