Uma nova campanha da marca de sapatos Arezzo, inspirada na ancestralidade e estampas africanas, foi muito criticada nas redes sociais e acusada de ser racista por ter sido estrelada pela influenciadora e ex-bbb Jade Picon.
A campanha foi lançada em comemoração aos 50 anos da empresa, que fez uma parceria com cinco nomes da moda brasileira para reinterpretar modelos de sapatos que foram ícones em cada década, começando pelos anos 1970.
A parceria que chamou a atenção nas redes sociais foi com a marca de roupas baiana, Meninos Rei. Segundo o site da marca, a parceria tem como proposta "enaltecer nossa cultura ancestral e celebrar a valorização da nossa raça".
Além disso, no Instagram, a marca publicou um vídeo de Jade Picon explicando o conceito da campanha e, na legenda, explicam o motivo da parceria com a Arezzo. "A Meninos Rei foi convidada para fazer parte da campanha que celebra este marco com a missão de recriar um dos modelos best-seller da Arezzo nos anos 70: a sandália Anabela", iniciou. "Nossa releitura contou com estampas étnicas hiper coloridas, um trabalho minucioso de patchwork, e referências ancestrais que fazem parte do nosso DNA (...) Nossa inspiração para fazer essa releitura foi o que nos alimenta, nossa ancestralidade. As estampas africanas, o patchowrk, o nó que faz a amarração foi uma alusão aos turbantes, coroas e símbolo de empoderamento feminino".
O Correio tentou contato com a Arezzo questionando sobre a campanha mas não obteve resposta. A matéria será atualizada mediante retorno.
A repercussão do uso de Jade na campanha não foi positiva e muitos criticaram a ação nas redes sociais.
Confira algumas das postagens:
Essa história da Arezzo, a nova coleção de padronagem de África e jade picon como estrela da campanha me faz pensar MAIS UMA VEZ se não tem nenhum FDP na agência que fala: pessoal, tá errado isso aí.
Pode ser algo até mais raso: pessoa, vai dar merda.
Não consigo conceber isso— Maria Teresa Cruz (@tetecruz) September 27, 2022
A @Arezzo trouxe a Jade Picon à nova campanha para prestar homenagem à mulher africana. Não há mais desculpas! Marcas de moda usando modelos brancas e, se apropriando da cultura afro. Isso só reforça o pacto da branquitude e perpetua o racismo.
— ???????????????????????????????????????????? ????? (@ivanalimaxx) September 27, 2022
A coleção da Arezzo não foi inspirada nas mulheres africanas
É uma campanha que rememora antigos produtos da marca e a meninos Reis foi convidada a repaginar uma coleção dos anos 70 e vestir as modelos, na qual uma delas é a Jade Picon. Bem desonesto o que tão fazendo.— Atailon (@atailon) September 28, 2022
Não tem que mirar na Jade Picon, nem promover uma indignação coletiva com a escolha.
— jun (@uborajun) September 27, 2022
O assunto que tem que correr (no jornalismo, principalmente) é esse:
por que Arezzo utiliza o racismo como ferramenta de marketing? Quem criou a campanha? Quem dirige a marca?
vcs não entendem que a arezzo colocou a jade picon de propósito pra gerar polêmica na internet e falarem mais da marca deles nas redes socais? vcs caem q nem patinhos
— jurídico kanye west (@iamddrai) September 28, 2022
*Com informações da Agência Estado
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