Poesia

Poeta e contador de histórias do DF ganha prêmio nacional Baobá

Reconhecimento para os profissionais que contam histórias, poetas ou instituições engajadas com a arte literária, o Baobá será entregue nesta sexta (23/9) na Cidade de Goiás

Vinícius Milhomem*
postado em 23/09/2022 10:58 / atualizado em 23/09/2022 10:59
 (crédito: Rêgo Júnior/divulgação)
(crédito: Rêgo Júnior/divulgação)

Rêgo Júnior, poeta e contador de histórias, vai receber o prêmio baobá, reconhecido pela arte de contar histórias. O troféu premia escritores e contadores de história e a cerimônia de premiação ocorre na Cidade de Goiás nesta sexta-feira (23/9) e no sábado (24/9).

No total, são 15 vencedores por edição escolhidos entre escritores, poetas, contadores de história e instituições, que por meio de suas ações, desenvolvem a arte de contar histórias e o incentivo da literatura. Os ganhadores participarão do evento com uma roda de declamação de contos nesta sexta (23/9) e uma visita guiada pela casa da poeta Cora Coralina.

Rêgo atua como contador há 10 anos e o foco de suas narrativas são histórias de princesas e crianças pretas, para valorizar a identidade racial entre os pequenos. “Meu ramo na contação de histórias é baseado nos griots africanos, só trabalho com histórias africanas”, avisa.

Confira uma de suas histórias:



“Essa premiação significa pra mim o reconhecimento de um trabalho onde busco a valorização e a identidade da criança preta. Esse prêmio vem coroar o trabalho ao longo de dez anos. Busco fazer a criança se sentir inserida nas histórias e ser vista como protagonista”, explica Rego Jr, que é formado em literatura. A iniciação na arte veio a partir de uma oficina com o grupo Tribo das Artes, ministrada pela professora Maristela Papa. Em outro evento, no Rio de Janeiro, ele se encontrou na temática de histórias africanas.

“Lá eu descobri como poderia utilizar a linguagem da contação de histórias para valorizar a criança preta que até então só ouvia histórias de princesas loiras. A partir de então fui estudar os tradicionalistas e griots africanos e me tornei um afrocontador de histórias. E hoje venho receber esse prêmio nacional pelo meu trabalho de contador de histórias”, comenta.

*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel

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