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Diplomacia de Marechal Candido Rondon é resgatada em lançamento literário

Rondon, o marechal da paz (Ed. Mackenzie) é do professor, engenheiro e empresário Maurício Melo. Ele autografa a obra nesta quarta-feira (14/9), no Colégio Mackenzie, às 18h30

Severino Francisco
postado em 14/09/2022 06:00
 (crédito: Cacai de Souza do Instituto Mackenzie/Divulgação)
(crédito: Cacai de Souza do Instituto Mackenzie/Divulgação)

Embora seja reconhecido na condição de um dos heróis brasileiros, Candido Rondon ainda não é uma figura que ocupa os livros de história do Brasil. Por isso, o professor, engenheiro e empresário Maurício Melo Meneses decidiu não apenas escrever uma biografia do ilustre personagem, mas, também, inserir o livro dentro de um projeto educacional. Ele autografa o livro Rondon, o marechal da paz (Ed. Mackenzie), nesta quarta-feira (14/9), no Colégio Mackenzie, às 18h30.

Maurício conta a história de Rondon ilustrada por selos, que acompanham a expedição com o presidente norte-americano Roosevelt pela Amazônia em 1914, as missões para a construção de redes de linhas telegráficas, a pacificação dos índios, as três indicações ao Prêmio Nobel da Paz, a missão para pacificar a divisa do Peru com a Colômbia na cidade de Letícia em 1934 e a volta triunfal para o Rio de Janeiro, quando foi recebido por uma multidão com uma orquestra regida por Villa-Lobos, que tocou o Hino do herói da pátria: "Mesmo colocado no panteão dos heróis da pátria, e com nome de um estado, Rondon não está presente nos livros de história", comenta Maurício. "Consegui o apoio das escolas para promover concursos de redações em todas as cidades nas quais estou lançando o livro."

Rondon conseguiu realizar obras estratégicas para o Brasil, ressalta Maurício, numa época em que a então capital, Rio de Janeiro, só tinha contato com Goiás, no interior do país. "Ele venceu as dificuldades sempre negociando e não matando. Tanto que é o único brasileiro que ganhou o título de marechal sem ter ido a nenhuma guerra. Quem lhe concedeu a honraria foi o Congresso Brasileiro. E, naquela época, havia uma oposição ferrenha. Ele tem um lema na relação com os índios, que é repetido no mundo inteiro: 'Morrer, se preciso for. Matar nunca'."

Maurício enfatiza a relevância de Rondon na defesa dos índios contra os madeireiros, garimpeiros e castanheiros, ao criar o Serviço de Proteção ao Índio, matriz da Funai: "Os garimpeiros ensinavam os índios a beber cachaça e desestruturavam a vida deles. Rondon iniciou o processo de conscientização do estado brasileiro para que protegesse as terras indígenas. Não devemos ter vergonha de dizer que o trabalho de Rondon com os índios é um exemplo em plano internacional. Se o Brasil tivesse continuado na linha de Rondon, os índios estariam em uma situação muito mais digna".

O legado na condição de cientista é outro aspecto destacado. Rondon mapeou 50 mil km de regiões inexploradas e catalogou inúmeras espécies de vegetações desconhecidas, muitos animais e 22 rios: "Ele é um dos brasileiros a serem estudados."

Rondon, o marechal da paz

De Maurício Melo Menezes. Editora Mackenzie/128 páginas. Preço: R$ 120. Lançamento, hoje, às 18h30, no Colégio Presbiteriano Mackenzie (Setor de Habitações Individuais Sul - QI 5 - Lago Sul)

 


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