Uma referência absoluta na vida de Fábio Porchat, Jô Soares, ainda no início dos anos 2000, trouxe a primeira oportunidade televisiva do ator, agora projetado nas telas com muita verve de humor de stand-up comedy no longa O palestrante, recém-lançado nos cinemas. Em vídeo enviado ao Correio, o ator reflete sobre a gigante perda: "O Brasil sem o Jô é um Brasil sem graça. Um Brasil em preto e branco, é um Brasil sem força. O Jô é um dos maiores gênios da comédia que a gente tem. Ele transformou a vida de muita gente não só pelo seu humor, ele abriu as portas do programa dele para o mundo. Comediantes ou não, famosos ou anônimos. Ele era meu YouTube da época. O que acontecia no programa dele, acontecia no país. Jô sempre foi um exemplo de pessoa engraçada, brilhante, extrovertida, e generosa".
Dentro da carga de generosidade ofertada pelo mestre, Porchat — em set de filmagem, quando do depoimento — rememora os desdobramentos de ter aparecido numa esquete no programa de Jô Soares, no qual, a pedido de uma chance, interpretou os personagens de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres). "Quando penso no Jô, hoje, penso em todas as noites que eu ia dormir tarde, por conta dele. Penso em todas as risadas que dei. Penso em todas as pessoas que eu conheci, por meio do Jô. Eu pessoalmente, devo muito a ele: foi o cara que me fez descobrir que fazer os outros rirem é uma missão, uma função primordial, ainda mais num país como esse". Porchat conclui: "Obrigado, obrigado por tudo".