A jornalista Vera Magalhães disse nas redes sociais nesta terça-feira (30/8) que irá processar o pastor Silas Malafaia após divulgar uma fake news envolvendo o nome dela.
Após o debate com os presidenciáveis na Band em que Vera Magalhães foi atacada por Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia, apoiador do atual presidente, resgatou uma notícia falsa antiga sobre a jornalista afirmando que ela recebia "R$ 500 mil por ano de uma fundação sustentada pelo Governo de São Paulo".
"Vera Magalhães! A jornalista que ganha 500 mil por ano da fundação sustentada pelo governo de SP. Entendeu? Doria começou a bancar a jornalista que ataca o presidente em todo o tempo. Vamos parar com o mi mi mi que o Bolsonaro é contra as mulheres! A casa caiu Vera!", escreveu ele no Twitter.
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Ela então foi à rede social para rebater o pastor, afirmando que irá processá-lo. "O senhor vai levar um processo e ter de provar que eu ganho R$ 500 mil por ano, pastor. Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe", escreveu a jornalista.
O senhor vai levar um processo e ter de provar que eu ganho 500 mil por ano, pastor. Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe. https://t.co/2hnVh47dRV
— Vera Magalhães (@veramagalhaes) August 30, 2022
Antiga fake news
A fake news sobre o salário de Vera Magalhães foi disseminada em março de 2020, quando políticos bolsonaristas espalharam a falsa informação de que ela recebia R$ 500 mil por ano do Governo de São Paulo para apresentar o Roda Viva, da TV Cultura.
Na época, ela divulgou o contrato com a Fundação Padre Anchieta, que administra a emissora, provando receber um salário de R$ 22 mil.
Aqui a resposta à sua mentira. Aguarde o processo. Usar o nome de Deus para mentir e caluniar os outros é pecado e é crime, pastor https://t.co/JixjRpRMPY
— Vera Magalhães (@veramagalhaes) August 30, 2022
Além disso, a afirmação de que o salário da jornalista seria pago pelo Governo de São Paulo é uma distorção. Como publicado pela 'Aos Fatos', parte da verba da TV Cultura é estadual, mas esse dinheiro é determinado pela LOA (Lei Orçamentária Anual), que deve ser aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo. A Fundação Padre Anchieta é uma entidade de direito privado.
Além disso, afirmar que o governo de São Paulo paga o salário de Magalhães é uma maneira de distorcer a despesa pública: parte da verba da TV Cultura é estadual, mas esse dinheiro é determinado pela LOA (Lei Orçamentária Anual), que deve ser aprovada pela @AssembleiaSP.
— Aos Fatos (@aosfatos) March 20, 2020
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