Pedro Martins e Michael Pipoquinha se apresentam no Clube do Choro

Duo de guitarra e contrabaixo formado por Martins e Pipoquinha celebra o jazz e a música brasileira na união de dois jovens talentos

Pedro Almeida*

postado em 10/08/2022 17:12 / atualizado em 11/08/2022 11:32

(crédito: Divulgação/Um Nome)

No dia 13 de agosto, às 20h30, e no dia 14, às 17h30, o duo de guitarra e baixo composto por Pedro Martins e Michael Pipoquinha sobem juntos ao palco para celebrar a música brasileira. No sábado, o show será no Clube do Choro e os ingressos estão à venda on-line; no domingo,a apresentação ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e a entrada é franca.

O ano era 2016 e a ocasião era um show de choro e jazz em homenagem aos 80 anos de Hermeto Pascoal. O produtor teve uma ideia: juntar Michael Pipoquinha, expoente da nova geração de baixistas brasileiros, com Pedro Martins, renomado guitarrista da nova safra brasiliense. O improvável e súbito encontro foi um sucesso. “A gente topou de cara. Nos conhecemos um dia antes do show”, revela Michael em entrevista ao Correio.

A apresentação montada à base do improviso gerou frutos: “A gente viu que dava liga e estamos juntos até hoje”. Quatro anos depois, em 2020, a dupla se reuniu em estúdio para lançar o álbum Cumplicidade, que contou com patrocínio da Petrobras. Agora, o duo de cordas chega a Brasília para apresentar o desdobramento da sinergia relâmpago.

Bem antes de 2016, Michael Pipoquinha iniciava a trajetória musical em Limoeiro do Norte, no Ceará. Aos 9 anos, em 2005, o então garoto resolveu empunhar o instrumento de cordas que já rondava pela casa. "Meu pai é baixista também. Quando eu nasci, ele já era louco por baixo. Fui alimentando esse amor com muito carinho e muita paciência. Sem pressão nenhuma, sem escola, só pelo amor”, conta. Além do pai, o baixista faz questão de amparar a musicalidade na estirpe. “Meu avô tocava sanfona no Ceará”, relembra. Aos 13, o garoto prodígio estava em rede nacional apresentando a virtuose no programa Domingão do Faustão. De lá pra cá, coleciona apresentações em inúmeros festivais e eventos de música pelo Brasil, América do Sul e Europa.

Cria do Gama, Pedro Martins é conhecido pela fluência no violão e na guitarra. Isso porque o jovem empunha os instrumentos desde os 3 anos de idade. Aos 14, já marcava presença na banda de apoio de grandes músicos locais. Ao longo da carreira, Martins exibe uma invejável lista de parcerias: Hamilton de Holanda, Milton Nascimento, Emicida, 5 a Seco, Paulinho Moska e Eric Clapton são alguns dos nomes. Em 2015, Pedro foi eleito o melhor guitarrista em concurso do Montreux Jazz Festival, renomado evento do setor, que ocorre anualmente na Suíça.

A dupla sobe ao palco do Clube do Choro e do CCBB neste fim de semana, mas Pipoquinha garante que se sente em casa. “Somos sempre bem recebidos porque tocamos músicas brasileiras e canções que marcaram o país. Então, cativa a galera que tem um gosto refinado, que tem uma sensibilidade maior. Até mesmo quem não tem acaba ficando tocado porque é uma coisa muito verdadeira”, garante. Além do espaço em formato circular no Eixo Monumental, Michael reflete sobre a relação com Brasília: “Minha relação com Brasília é a melhor possível. É um lugar que eu amo. Tenho muitos amigos aí. Toda vez que eu vou, eu perco o voo porque vou ficando”. A amizade entre os dois instrumentistas abriu as portas da nova cidade. “O Pedro me mostrou a real Brasília. Ele me mostrou a galera da da arte, me aproximou deles, e essa é a minha galera”, completa.

Para as apresentações do fim de semana, o baixista compartilha que “será um show de muita saudade, de muito amor envolvido”, mas garante: “Também vai ter a quebradeira que a gente gosta”.

Serviço

Show de Michael Pipoquinha e Pedro Martins

Dia 13 de agosto, às 20h30, no Clube do Choro de Brasília (SDC Bloco G) e no e dia 14 de agosto, às 17h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ingressos para sábado no link; no domingo, a entrada é franca.  

*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel