O ator, humorista, apresentador e escritor Jô Soares, que morreu aos 84 anos na madrugada desta sexta-feira (5/8), colecionou diversos personagens que marcaram os quase 60 anos em que atuou na televisão.
Entre os principais, pode-se destacar exemplos como O Reizinho, um monarca indeciso que contava com a ajuda da corte para as decisões do reino. Atuando de joelhos, o sucesso do personagem fez com que 'Sois reis, sois reis' virasse um bordão no país.
Jô também criou o super-herói Capitão Gay, que defendia os fracos e oprimidos, e fez com que o jingle do astro ficasse nas mentes dos telespectadores: 'Ele é o defensor das minorias/ E é sempre contra as tiranias/ É um avião, um passarinho sem rabicho?/ Ou se parece mais com outro bicho?/ É o Capitão gay/ Gay, gay/ Capitão Gay'.
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Com Zezinho, o telespectador que aparecia no fim de cada edição debochando do programa, ele conseguiu antecipar uma tendência atual do humor feita por Marcelo Adnet, Tatá Werneck e Fábio Porchat em Tá no ar: A TV na TV, da Globo, e Tudo pela audiência, no Multishow, que é a televisão rindo de si.
Com Vovó Nana, uma velha corcunda e meio surda que sonhava com uma vaga na televisão, Jô abordou o etarismo ao sugerir uma personagem idosa como destaque TV.
E Coronel Pantoja, um fazendeiro do interior que odiava o vizinho Coronel Bezerra, interpretado por Chico Anysio, mas fingiam ser vizinhos cordiais durante conversas na varanda.
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