Tragédia

Após acidente com vítima fatal, Bruno Krupp se pronuncia pela primeira vez

'Eu não bebi, eu não usei drogas, eu não fiz nada. Gente, foi um acidente', disse modelo em vídeo gravado no hospital

Douglas Lima - Especial para o Uai
postado em 04/08/2022 10:51 / atualizado em 04/08/2022 10:51
 (crédito: Reprodução/Twitter/Montagem)
(crédito: Reprodução/Twitter/Montagem)

O modelo Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos de idade, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez, na última quarta-feira (03/08), sobre o atropelamento que matou o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no último sábado (30/07).

No vídeo obtido e divulgado pelo G1, o ex de Sarah Poncio aparece deitado em uma maca de hospital e com curativos em várias partes do corpo. Nas imagens, queixou-se de ter sido chamado de "assassino" e negou ter fugido do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, para onde havia sido levado inicialmente e do qual teve alta no domingo (31/07).

"Gente, pelo amor de Deus, eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido. Pode ter certeza de que eu queria que o pior tivesse acontecido comigo", iniciou ele.

"Eu fui levado de ambulância para o hospital, eu fui transferido de ambulância para outro hospital, eu não fugi do hospital, eu não fugi dos médicos. Eu fiquei três horas esperando no hospital para ser atendido. Ninguém me atendia [no hospital]. Eu estava morrendo no hospital, os empregados me tratando mal, batendo com a maca no corredor, me chamando de assassino, como se eu tivesse feito alguma coisa errada", acrescentou.

O influenciador digital que não tinha habilitação para pilotar a moto em que estava no momento da batida, disse que a ocasião foi um acidente de trânsito. A vítima perdeu a perna esquerda na hora da colisão e chegou a ser socorrido e levado ao hospital com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

"Eu não bebi, eu não usei droga. Foi um acidente, gente!".

Bruno Krupp
Confira, abaixo, o vídeo:


Preso preventivamente


O delegado Antenor Lopes, diretor do Departamento-Geral de Polícia da Capital da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deu voz de prisão contra Bruno Krupp. O influencer foi encontrado na manhã desta quarta-feira (03/08) em um hospital particular onde está internado no Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro, apesar de ter recebido alta do Hospital Municipal Lourenço Jorge ainda no domingo (31/07).

Na decisão que decretou a prisão preventiva, a juíza Maria Isabel Pena Pieranti, do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio, ressalta que Bruno, que não tem habilitação, dirigia uma moto sem placa a 150 km/h numa via cujo limite é 60km/h e declarou que o digital influencer "não é um novato nas sendas do crime" e que sua liberdade "comprometeria a ordem pública, sendo a sua constrição imprescindível para evitar o cometimento de crimes de idêntica natureza, podendo-se dizer que a medida visa também resguardar a sociedade de condutas que ele possa vir a praticar".

Além disso, o documento ainda menciona que Krupp havia sido parado por agentes da Lei Seca três dias antes do acidente com a mesma moto, recusando-se a fazer o teste do bafômetro e multado pela falta da CNH. Segundo a magistrada a blitz acabou por não ter o efeito didático.

Na decisão, a Justiça também reforçou a brutalidade do acidente, já que a perna da vítima foi "violentamente amputada no momento da colisão" e segundo testemunhas, foi parar a 50 metros de distância do local. "Não foi bastante que tivesse sido parado pelos agentes da Lei Seca. Ser pego na situação já descrita não teve qualquer efeito didático. Ao contrário, adotou a conduta mais ainda letal, acabando por tirar a vida de um jovem que estava acompanhado de sua mãe", afirmou Pieranti.

O advogado Willian Pena, que defende Bruno Krupp, admitiu que o jovem estava acima da velocidade permitida no local do acidente, mas afirmou que a vítima "subitamente" surgiu na via, atravessando fora da faixa de pedestres.

"Ele disse que, segundos após dar uma arrancada com a moto, houve o choque. Mas o velocímetro ainda será avaliado pela perícia. Além disso, confirmou ter tirado a Carteira Nacional de Habilitação há cerca de 15 dias e que o veículo estava emplacado até o momento do acidente, quando a placa caiu. É importante frisar também que os pais dele estão dando todo apoio a família da vítima, com suporte emocional e financeiro", declarou Pena.

 



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