Chamado de "nego", o terceiro suspeito da morte de técnica de enfermagem Danyanne da Cunha Januário da Silva ainda é procurado pela polícia. O homem aparece em imagens de circuito de segurança próximo ao local onde a técnica, 35 anos, foi vista com os outros dois envolvidos no dia do desaparecimento. Segundo as investigações, ele não conhecia a vítima e se passou por um assaltante na emboscada.
Segundo a delegada-chefe da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo 1), Valma Milograna, o homem circulava próximo ao local enquanto aguardava para anunciar o suposto assalto.
Além dele, outros dois homens participaram do assassinato e estão presos. Um deles, identificado como Manoel, 24 anos, confessou o crime, segundo a delegada-chefe Valma Milograna. De acordo com Manoel, "nego" seria o autor do disparo de arma de fogo que matou a técnica.
O comparsa e também amigo da técnica, chamado Ramon, 26 anos, não admitiu o crime. Ele se apresentou na delegacia e foi preso. Manoel e Ramon eram amigos próximos e não tinham antecedentes criminais.
O Corpo da técnica foi encontrado na madrugada desta quarta-feira (3/8), no Incra 8, em Brazlândia. Danyanne estava desaparecida desde o dia 27 de julho, após sair de casa para cobrar uma dívida de um conhecido. Caso alguém reconheça o homem, a polícia pede que ligue para o número 180 ou 197 para denunciar. A ligação é anônima.
Motivação
De acordo com a delegada-chefe da 29ª DP , as investigações apontam que Danyanne e Ramon praticavam agiotagem. Ele seria o responsável pela captação dos clientes. Em determinado momento, Ramon e Manoel passaram a pegar dinheiro alegando que seria para terceiros, mas o empréstimo era para eles próprios.
A motivação do crime teria ocorrido porque a dupla não conseguiu quitar a dívida com a vítima que, a princípio, não suspeitava que estava sendo enganada. Os dois simularam um assalto no dia do sumiço de Danyanne e levaram a vítima para uma emboscada.
Ramon trabalhava como chapeiro em uma hamburgueria no Riacho Fundo e residia na região. Já Manoel era entregador de gás e motorista de aplicativo. Ele era morador do Recanto das Emas.
Outro lado
O advogado criminalista Sérgio dos Anjos alega que o cliente dele, Ramon, de 26 anos, nega todas as acusações veementemente. “Nós ainda estamos tendo acesso aos elementos probatórios”, afirma o advogado. Segundo ele, há álibis de que o cliente não estaria no local no momento do crime.
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