Um comunicado do agente Roger Neal noticiou a morte do ator Paul Sorvino, aos 83 anos, em Indiana (EUA), por causas naturais. Nascido no Brooklyn, em 1939, Sorvino foi consagrado nas telas de cinema e tevê pela alternância em papéis de policiais e malfeitores. Parceiro de projetos de James Caan, Al Pacino, Carl Reiner (de Cliente morto não paga), Baz Luhrmann e Martin Scorsese, Sorvino teve marcante papel em Os bons companheiros, na pele de Paulie Cicero, e foi um militar em Law & Order.
“Nossos corações estão partidos, nunca haverá outro Paul Sorvino, ele foi o amor da minha vida e um dos maiores artistas que já agraciou a tela e o palco", declarou a esposa dele Dee Dee Sorvino. No streming, recentemente, Sorvino foi visto em O padrinho do Harlem, e estará em quatro produções ainda em conclusão.
Interessado em poesia, ópera e pintura, o ator, com frequência, interpretou gangsteres nas telas. Pai de Mira Sorvino, atriz que fortaleceu o movimento #MeToo, e uma vencedora do Oscar, em 1996, por Poderosa Afrodite (de Woody Allen), Paul Sorvino fez uma declaração pesada sobre o condenado produtor Harvey Weinstein: "Se eu soubesse, à época, ele não estaria caminhando, hoje em dia".
Em 2003, Paul Sorvino esteve em The cooler — Quebrando a banca, mais de 30 anos depois da estreia nos cinemas, em Os viciados (1971). Coadjuvante para astros vencedores do Oscar, como Glenda Jackson (Um toque de classe) e George C. Scott (com quem estrelou filme setentista do consagrado Mike Nichols), Sorvino viveu ainda Henry Kissinger no Nixon criado por Oliver Stone e deu vitalidade para um entusiasmado comunista, em Reds (1982), de Warren Beatty. Dick Tracy e Romeu+Julieta foram outros sucessos dos quais tomou parte.